Summary: | Esta pesquisa investiga o jornalismo popular. No âmbito conceitual, busca elementos que ajudem na discussão e elucidação dessa categoria de jornalismo. Paralelamente à construção teórica do popular, levanta aspectos fundamentais dos jornais Agora São Paulo, Diário de São Paulo e Jornal da Tarde, tais como desempenho nas vendagens e possíveis contradições entre o que é proposto e efetivado. A escolha de tais veículos se justifica por serem considerados veículos populares por parte das empresas que os editam. Também são assim rotulados pelos institutos de pesquisa de opinião, agências de publicidade e jornaleiros. Nossos estudos levam-nos a crer que estes jornais só podem ser apontados como populares em virtude das faixas de consumidores às quais se destina. A presença popular começa e se encerra no ato da compra do exemplar. Em suas páginas, o discurso preponderante é o do poder, em suas diversas formas. O povo, quando aparece, é mero figurante muitas vezes, ridicularizado - no cenário cujos protagonistas são, quase inexoravelmente, os donos do poder. Desta forma, os veículos que poderiam e deveriam, segundo os princípios da ética profissional - ampliar os lugares discursivos historicamente destinados aos mais pobres, deixam de fazê-lo, reduzindo sua atuação ao âmbito do chamado jornalismo de serviço, a tradução contemporânea do jornalismo popular, tão vazia quanto a anterior, plena de apelo policial e sensual. O ponto de vista dos que sofrem as ações do Poder, suas idéias, vivências, lutas e crenças, continua longe dos jornais populares paulistanos. Até quando?
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This research investigates the popular journalism. In the conceptual scope, it searchs elements that help in the quarrel and briefing of this category of journalism. Parallel to the theoretical construction of the popular one, it raises basic aspects of the periodicals Agora São Paulo, Diário de São Paulo and Jornal da Tarde, such as performance in the sales and possible contradictions between what it is considered and accomplished. The choice of such vehicles if justifies for being considered popular vehicles on the part of the companies who edit them. Also thus they are friction by the justinian codes of opinion research, advertising agencies and days laborer. Our studies take them to believe it that these periodicals alone can be pointed as popular in virtue of the bands of consumers to which if destines. The popular presence starts and if it locks up in the act of the purchase of the unit. In its pages, the preponderant speech is of the power, in its diverse forms. The people, when he appears, is mere an insignificant person - many times, maked a fool - in the scene whose protagonists are, mostly, the owners of the power. Of this form, the vehicles that could - and they would have, according to principles of the professional ethics - extend the discursivos places historical destined to poor, leave to make it, reducing its performance to the scope of the call service journalism, the translation contemporary of the popular journalism, so empty how much previous, the full one of I appeal sensual and policeman. The point of view of that they suffer the actions from the Power, its ideas, experiences, fights and beliefs, continues far from of paulistanos popular periodicals. Until when?
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