Alterações hemostáticas e clínicas em cirurgias de revascularização miocárdica com e sem circulação extracorpórea: estudo prospectivo randomizado

Introdução: a revascularização miocárdica (RM) sem circulação extracorpórea (CEC) tem sido associada a menores complicações quando comparadas à com CEC. Objetivos: determinar os efeitos da CEC em marcadores de hemostasia, fibrinólise, inflamação e correlacionar com eventos clínicos. Método: os p...

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Bibliographic Details
Main Author: Felipe da Silva Paulitsch
Other Authors: Neuza Helena Moreira Lopes
Language:Portuguese
Published: Universidade de São Paulo 2010
Subjects:
Online Access:http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-10032010-111419/
Description
Summary:Introdução: a revascularização miocárdica (RM) sem circulação extracorpórea (CEC) tem sido associada a menores complicações quando comparadas à com CEC. Objetivos: determinar os efeitos da CEC em marcadores de hemostasia, fibrinólise, inflamação e correlacionar com eventos clínicos. Método: os pacientes foram incluídos de forma prospectiva e randomizada para cirurgia de RM com (n=41) ou sem CEC (n=51). As concentrações de proteína C reativa (PCR), fibrinogênio, dímero-D e inibidor do ativador do plasminogênio tipo 1 (PAI1) foram quantificadas antes e após (1 e 24 horas) a RM. As técnicas cirúrgicas e anestésicas foram padronizadas para ambos os grupos. Eventos clínicos foram avaliados durante a hospitalização inicial e após 1 ano de seguimento. Resultados: as concentrações de PAI1 e dímeros-d foram maiores quando comparados os valores pré-operatórios com os de 1 e 24 h, após a RM em ambos os grupos, porém as concentrações de PAI1 aumentadas estenderam-se por 24 h após a RM com CEC (p<0,01). A concentração de PCR teve um aumento de pequena magnitude imediatamente após a cirurgia em ambos os grupos e aumentou de modo similar 24h após a RM (p<0,01). A RM com CEC foi associada com maior perda sanguínea durante a cirurgia e mais sangramento pós-operatório (p<0,01). A incidência de todas as outras complicações foi similar nos dois grupos. Conclusão: a RM com CEC apresentou evidências bioquímicas de um estado pró-trombótico precoce após a cirurgia, porém, sem evidências no aumento no número de eventos trombóticos. O estado pró-trombótico pode ser consequência do circuito extracorpóreo, resposta compensatória ao sangramento, ou a ambos em pacientes submetidos à cirurgia com CEC. === Objective: To delineate the effects of extracorporeal bypass on biomarkers of hemostasis, fibrinolysis, and inflammation and clinical sequelae. Methods: Patients were assigned prospectively and randomly to either on-pump (n=41) or off-pump (n=51) coronary bypass surgery. The concentrations of C-reactive protein (CRP), fibrinogen, D-dimer, and plasminogen activator inhibitor type 1 (PAI-1) in blood were quantified before and after (1 hour and 24 hours) surgery. Similar surgical and anesthetic procedures were used for both groups. Clinical events were assessed during initial hospitalization and at the end of 1 year. Results: The concentrations of PAI-1 and d-dimer were greater compared with preoperative values 1 hour and 24 hours after surgery in both groups, but their concentrations increased to a greater extent 24 hours after surgery in the on-pump group (p<0.01). The concentration of CRP did not change appreciably immediately after surgery in either group but increased in a parallel fashion 24 hours after either on-pump or off-pump surgery (p<0.01). Bypass surgery in the on-pump group was associated with greater blood loss during surgery and more bleeding after surgery (p0.01). The incidence of all other complications was similar in the 2 groups. Conclusion: On-pump surgery was associated with biochemical evidence of a pro-thrombotic state early after surgery but no greater incidence of thrombotic events. The pro-thrombotic state may have been a consequence of extracorporeal bypass, compensation in response to more bleeding, or both in patients undergoing on-pump surgery.