As mulheres e seus nomes: Lacan e o feminino
Contrariamente ao feminismo que resume o feminino a uma construção discursiva histórica e procura atualmente desconstruir o dualismo das diferenças sexuais, considerada obrigatória e restritiva, nesta pesquisa procuramos demonstrar que se A mulher não existe, segundo Jacques Lacan, o feminino in...
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Universidade de São Paulo
2009
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ndltd-IBICT-oai-teses.usp.br-tde-16122009-0904442019-01-22T00:14:50Z As mulheres e seus nomes: Lacan e o feminino The women and their names: Lacan and the feminine Maria Josefina Sota Fuentes Walkiria Helena Grant Christian Ingo Lenz Dunker Glaucinéia Gomes de Lima Maria Elisa Parreira Alvarenga Long Jésus Santiago Feminilidade Feminismo Mulheres Nomes Psicanálise Feminism Femminility Names Psychoanalysis Women Contrariamente ao feminismo que resume o feminino a uma construção discursiva histórica e procura atualmente desconstruir o dualismo das diferenças sexuais, considerada obrigatória e restritiva, nesta pesquisa procuramos demonstrar que se A mulher não existe, segundo Jacques Lacan, o feminino insiste não como categoria que daria enfim consistência à mulher como gênero, mas como um real que afeta o ser falante e que requer soluções de nomeações diante da foraclusão do significante dA mulher no inconsciente. Na primeira parte, intitulada As mulheres e o feminino na cultura, exploramos os diversos nomes do feminino que designaram a mulher ao longo da história ocidental que vão desde o terror à mulher passando por distintas formas de difamação, até sua adoração pelo viés da beleza ou pelo efeito que a nomeação lhe confere. Os nomes do feminino que Freud recolheu na experiência psicanalítica e nos aportes trazidos pelas mulheres analistas da época são também avaliados, bem como as teses de Lacan sobre o feminino e a condição feminina. Na segunda parte, intitulada Soluções e impasses ao feminino, investigamos as soluções de suplência e os impasses frente ao feminino em quatro mulheres: Anna O., a jovem homossexual, Helene Deutsch e Marguerite Duras através de sua personagem Lol V. Stein, elogiada por Lacan por ter elucidado uma prática da letra convergente com o uso do inconsciente, tema de nossa investigação. Unlike the feminism abstracting the feminine into a historical discursive construction and currently demanding to deconstruct the dualism of sexual differences considered mandatory and restrictive, in this research we intend to demonstrate that, if The woman does not exist, according to the thesis of Jaques Lacan, the feminine insists not as category that would finally give consistency to the woman as gender, but as a real that affects the talking being and requires solutions of nomination according the foreclosure of The women significant in the unconscious. In the first part, entitled \"The women and the feminine in the culture\", we explored the various female names that designated the women throughout western history ranging from the terror on women, through different forms of defamation, until its worship by the beauty bias or by the effect that its appointment can cause. The names of the feminine that Freud sought on psychoanalytic experience and in the contribution brought by women analysts at the time are also evaluated, as well as the theory of Lacan on women and the feminine condition. In the second part, entitled \"Women analysis\", we investigated the solutions and deadlocks heading the female from the analysis of four women: Anna O., the young homosexual, Helene Deutsch and Marguerite Duras through its character Lol V. Stein, praised by Lacan to have elucidated a practice of convergent letter with the use of the unconscious, theme of our research. 2009-05-04 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/doctoralThesis http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-16122009-090444/ por info:eu-repo/semantics/openAccess Universidade de São Paulo Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano USP BR reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP instname:Universidade de São Paulo instacron:USP |
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Contrariamente ao feminismo que resume o feminino a uma construção discursiva histórica e procura atualmente desconstruir o dualismo das diferenças sexuais, considerada obrigatória e restritiva, nesta pesquisa procuramos demonstrar que se A mulher não existe, segundo Jacques Lacan, o feminino insiste não como categoria que daria enfim consistência à mulher como gênero, mas como um real que afeta o ser falante e que requer soluções de nomeações diante da foraclusão do significante dA mulher no inconsciente. Na primeira parte, intitulada As mulheres e o feminino na cultura, exploramos os diversos nomes do feminino que designaram a mulher ao longo da história ocidental que vão desde o terror à mulher passando por distintas formas de difamação, até sua adoração pelo viés da beleza ou pelo efeito que a nomeação lhe confere. Os nomes do feminino que Freud recolheu na experiência psicanalítica e nos aportes trazidos pelas mulheres analistas da época são também avaliados, bem como as teses de Lacan sobre o feminino e a condição feminina. Na segunda parte, intitulada Soluções e impasses ao feminino, investigamos as soluções de suplência e os impasses frente ao feminino em quatro mulheres: Anna O., a jovem homossexual, Helene Deutsch e Marguerite Duras através de sua personagem Lol V. Stein, elogiada por Lacan por ter elucidado uma prática da letra convergente com o uso do inconsciente, tema de nossa investigação.
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Unlike the feminism abstracting the feminine into a historical discursive construction and currently demanding to deconstruct the dualism of sexual differences considered mandatory and restrictive, in this research we intend to demonstrate that, if The woman does not exist, according to the thesis of Jaques Lacan, the feminine insists not as category that would finally give consistency to the woman as gender, but as a real that affects the talking being and requires solutions of nomination according the foreclosure of The women significant in the unconscious. In the first part, entitled \"The women and the feminine in the culture\", we explored the various female names that designated the women throughout western history ranging from the terror on women, through different forms of defamation, until its worship by the beauty bias or by the effect that its appointment can cause. The names of the feminine that Freud sought on psychoanalytic experience and in the contribution brought by women analysts at the time are also evaluated, as well as the theory of Lacan on women and the feminine condition. In the second part, entitled \"Women analysis\", we investigated the solutions and deadlocks heading the female from the analysis of four women: Anna O., the young homosexual, Helene Deutsch and Marguerite Duras through its character Lol V. Stein, praised by Lacan to have elucidated a practice of convergent letter with the use of the unconscious, theme of our research.
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