Summary: | A recuperação ambiental de áreas exploradas pela mineração de areia na região do Vale do Paraíba, Estado de São Paulo, constitui anseio popular, obrigação constitucional e fator de diferenciação dentro da mais moderna visão empresarial. Este trabalho estuda a aplicação de turfa como um melhorador de solos na etapa final do processo de recuperação destas áreas: o restabelecimento da vegetação nativa. O interesse surgiu da experiência de trabalho do autor com pesquisa mineral e tecnológica desta substância, além da observação e acompanhamento de alguns projetos de revegetação nestas áreas, tidas como ambientalmente sensíveis e onde os solos apresentam-se, via de regra, improdutivos; sua utilização representou, nestes casos, a diferença entre o sucesso e a necessidade de replantio. Apresenta-se uma revisão bibliográfica sobre turfa e suas propriedades agronômicas, bem como acerca da utilização de matéria orgânica na revegetação de áreas degradadas. O estudo constituiu um comparativo entre resultados de ensaios efetuados em amostras de solo provenientes de área abandonada pela mineração de areia, homogeneizadas em laboratório em seu estado original (branco), de um lado, e com adição de turfa em diferentes proporções, de outro, visando aferir se alguma delas poderia adequar-se mais satisfatoriamente à melhoria das condições gerais do solo em questão. Foram analisadas variações em propriedades químicas e físicas como retenção de cátions, efeito tampão, densidade aparente, condutividade hidráulica e porosidade. Abre-se a possibilidade de os resultados deste projeto não se limitarem apenas à Indústria Mineral mas estenderem-se a outros setores onde haja a necessidade de recuperação de solos, fornecendo subsídios a eventuais modificações no manejo de solos agricultáveis, com perspectivas de geração de economia de recursos em irrigação, fertilizantes e defensivos agrícolas.
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The environmental recuperation of areas explored by sand mining in the Vale do Paraíba region, in the State of São Paulo, is a popular aspiration, a constitutional obligation and constitutes a differentiating factor in the visions of modern enterprise. This work studies the utilization of peat as a soil conditioner in the final stage of the recuperation process for these areas: the revival of indigenous vegetation. This idea arose from the author's experience in technological and mineral research into peat, coupled with the observation and monitoring of these environmentally sensitive areas, whose soils were, from an agricultural stance, generally unproductive. The utilization of peat, in these cases, represented the difference between success and the necessity for a replantation process. This study presents a review of the agronomic properties of peat as well as the application of organic matter in the revegetation of damaged land. It is a comparative study between laboratory assay results from soil samples in their original state, and those where the soil has variable peat contents, seeking to ascertain which, if any, results in better general conditions for that particular soil. Both physical and chemical properties were analyzed, with an emphasis on cation exchange capacity, buffering, bulk density, hydraulic conductivity and porosity. There is a possibility that the results of this project can extended beyond the Mineral Industry to other sectors, where there are needs for soil recuperation, leading to cost savings for irrigation, fertilizers and agrotoxic compounds in food production areas.
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