Etiologia e prevenção de retenção de placenta em vacas leiteiras

Os objetivos foram avaliar os efeitos da aplicação de vitamina E pré-parto sobre a incidência de retenção de placenta e desempenho reprodutivo de vacas leiteiras. Entre maio de 2012 e abril de 2013, 890 animais, sendo 390 Holandesas (132 nulíparas e 258 vacas) e 500 mestiças Holandês x Gir (199...

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Bibliographic Details
Main Author: Guilherme Correa de Sousa Pontes
Other Authors: Roberto Sartori Filho
Language:Portuguese
Published: Universidade de São Paulo 2014
Subjects:
Online Access:http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-19122014-164925/
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Bovino
Reprodução
Retenção das membranas fetais
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Retenção das membranas fetais
?-tocoferol
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Retained placenta
Guilherme Correa de Sousa Pontes
Etiologia e prevenção de retenção de placenta em vacas leiteiras
description Os objetivos foram avaliar os efeitos da aplicação de vitamina E pré-parto sobre a incidência de retenção de placenta e desempenho reprodutivo de vacas leiteiras. Entre maio de 2012 e abril de 2013, 890 animais, sendo 390 Holandesas (132 nulíparas e 258 vacas) e 500 mestiças Holandês x Gir (199 nulíparas e 301 vacas) foram envolvidas no estudo em três fazendas. Vacas e novilhas pré-parto foram alojadas em áreas de pastagem com piquetes rotacionados entre outubro e março e receberam 2 kg/d de concentrado, contendo fubá de milho, farelo de soja, minerais e vitaminas. De abril a setembro, as fêmeas pré-parto receberam dieta total composta de silagem de milho, fubá de milho, farelo de soja, minerais e vitaminas. Durante o período pré-parto, as fêmeas receberam 280 (Fazenda 1), 390 (Fazenda 2) e 480 (Fazenda 3) UI de vitamina E por dia via dieta. Em cada fazenda, os animais foram aleatorizados a não receberam tratamento algum (Controle), ou receberem aplicações semanais de 1.000 UI de vitamina E via intramuscular, aos 258 ± 3, 265 ± 3 e 272 ± 3 d de gestação (VitE). Amostras de sangue foram colhidas de um subgrupo de 141 fêmeas imediatamente antes de serem aleatorizadas para determinar a concentração sérica de ?-tocoferol. Amostras de sangue também foram analisadas para determinar as concentrações de cortisol e ácidos graxos não esterificados (AGNEs). As análises estatísticas foram feitas através dos procedimentos GLIMMIX, MIXED, PHREG E LIFETEST do SAS. Variáveis binárias foram analisadas por regressão logística, variáveis contínuas foram analisadas por ANOVA e variáveis relacionadas a tempo a um evento foram avaliadas através de curva de sobrevivência. O ?-tocoferol sérico não diferiu entre grupos Controle e VitE, com concentração média de 2,97 ± 0,10 ?g/mL. 53,2% das fêmeas apresentaram concentração inadequada de ?-tocoferol sérico baseado em 3 ?g/mL como ponto de corte. A probabilidade das vacas terem retenção de placenta diminuiu à medida em que a concentração sérica de ?-tocoferol aumentou (P = 0,01). A produção de leite foi igual nos grupos Controle e VitE. Aplicação de vitamina E pré-parto reduziu a incidência de natimortos, retenção de placenta e mortalidade até os 200 DEL. O grupo VitE apresentou tendência (P = 0,08) de aumento na taxa de concepção à primeira IA (36,7 vs 30,1%) pela menor perda embrionária/fetal entre 30 e 60 d de gestação (12,5 vs 20,5%). Apesar de similar taxa de inseminação entre os grupos, suplementação com vitamina E pré-parto acarretou em 22% de aumento na taxa de prenhez em relação ao grupo Controle. As fêmeas no grupo VitE tiveram menores concentrações de cortisol e AGNEs ao redor do parto. Em resumo, quando as vacas e novilhas foram alimentadas com quantidades limitadas de vitamina E, 28 a 48% das recomendações do NRC para vacas no pré-parto, a suplementação com vitamina E injetável melhorou a saúde e o desempenho reprodutivo das mesmas. === Objectives were to evaluate the effects of injectable vitamin E supplementation during the last 3 weeks prepartum on the incidence of retained fetal membranes (RFM) and reproductive performance of dairy cows. Eight-hundred and ninety dairy cows and heifers, being 390 Holsteins (132 nuliparous and 258 parous) and 500 crossbred Holstein x Gyr (199 nuliparous and 301 parous) from three dairy farms were assigned to the study from May 2012 to April 2013. In all three farms, prepartum females were housed in pastures, and from October to March, cows had access to pasture and were managed under grazing and received 2 kg/d of a mixture of finely ground corn, soybean meal, and minerals and vitamins. From April to September, prepartum animals received a TMR composed of corn silage, finely ground corn, soybean meal, and minerals and vitamins. During the prepartum period, animals received 280 (Farm 1), 390 (Farm 2), and 480 (Farm 3) IU of vitamin E/d. Within each farm, cows and heifers were randomly assigned to remain as untreated controls or to receive three i.m. injections of 1,000 IU each of DL-?-tocopherol administered at 258 ± 3, 265 ± 3, and 272 ± 3 d of gestation (VitE). Blood was sampled from a subset of 141 animals immediately before enrollment to determine the _-tocopherol status. Blood was also analyzed for concentrations of cortisol and nonesterified fatty acids (NEFA). Statistical analysis was performed with SAS software using the GLIMMIX, MIXED, PHREG and LIFETEST procedures. The concentration of ?-tocopherol in serum of females did not differ between treatments and averaged 2.97 ± 0.10 ?g/mL. A total of 53.2% of the animals had inadequate concentration of serum ?-tocopherol based on the 3.0 ?g/mL cut-off for adequacy. The probability of cows to have RFM decreased as the concentration of ?-tocopherol in serum increased (P = 0,01). Milk production did not differ between Control and VitE cows. Treatment with injectable ?-tocopherol improved postpartum health by reducing the incidence of stillbirths, RFM, and death by 200 d postpartum. Cows receiving VitE tended (P = 0,08) to have improved pregnancy per insemination (P/AI) at first AI (36.7 vs. 30.1%) because of less pregnancy loss between 30 and 60 d of gestation (12.5 vs. 20.5%). Despite similar insemination rate, cows receiving VitE had 22% greater pregnancy rate than control cows, which was attributed to the improved P/AI and reduced pregnancy loss in all inseminations during the first 200 d in milk. Females in VitE had reduced concentrations of cortisol and NEFA around calving. In summary, when cows and heifers were fed limited amounts of supplemental vitamin E, 28 to 48% of the recommendations for prepartum dry cows, supplementation with injectable ?-tocopherol improved postpartum health and reproduction.
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Vacas e novilhas pré-parto foram alojadas em áreas de pastagem com piquetes rotacionados entre outubro e março e receberam 2 kg/d de concentrado, contendo fubá de milho, farelo de soja, minerais e vitaminas. De abril a setembro, as fêmeas pré-parto receberam dieta total composta de silagem de milho, fubá de milho, farelo de soja, minerais e vitaminas. Durante o período pré-parto, as fêmeas receberam 280 (Fazenda 1), 390 (Fazenda 2) e 480 (Fazenda 3) UI de vitamina E por dia via dieta. Em cada fazenda, os animais foram aleatorizados a não receberam tratamento algum (Controle), ou receberem aplicações semanais de 1.000 UI de vitamina E via intramuscular, aos 258 ± 3, 265 ± 3 e 272 ± 3 d de gestação (VitE). Amostras de sangue foram colhidas de um subgrupo de 141 fêmeas imediatamente antes de serem aleatorizadas para determinar a concentração sérica de ?-tocoferol. Amostras de sangue também foram analisadas para determinar as concentrações de cortisol e ácidos graxos não esterificados (AGNEs). As análises estatísticas foram feitas através dos procedimentos GLIMMIX, MIXED, PHREG E LIFETEST do SAS. Variáveis binárias foram analisadas por regressão logística, variáveis contínuas foram analisadas por ANOVA e variáveis relacionadas a tempo a um evento foram avaliadas através de curva de sobrevivência. O ?-tocoferol sérico não diferiu entre grupos Controle e VitE, com concentração média de 2,97 ± 0,10 ?g/mL. 53,2% das fêmeas apresentaram concentração inadequada de ?-tocoferol sérico baseado em 3 ?g/mL como ponto de corte. A probabilidade das vacas terem retenção de placenta diminuiu à medida em que a concentração sérica de ?-tocoferol aumentou (P = 0,01). A produção de leite foi igual nos grupos Controle e VitE. Aplicação de vitamina E pré-parto reduziu a incidência de natimortos, retenção de placenta e mortalidade até os 200 DEL. O grupo VitE apresentou tendência (P = 0,08) de aumento na taxa de concepção à primeira IA (36,7 vs 30,1%) pela menor perda embrionária/fetal entre 30 e 60 d de gestação (12,5 vs 20,5%). Apesar de similar taxa de inseminação entre os grupos, suplementação com vitamina E pré-parto acarretou em 22% de aumento na taxa de prenhez em relação ao grupo Controle. As fêmeas no grupo VitE tiveram menores concentrações de cortisol e AGNEs ao redor do parto. Em resumo, quando as vacas e novilhas foram alimentadas com quantidades limitadas de vitamina E, 28 a 48% das recomendações do NRC para vacas no pré-parto, a suplementação com vitamina E injetável melhorou a saúde e o desempenho reprodutivo das mesmas. Objectives were to evaluate the effects of injectable vitamin E supplementation during the last 3 weeks prepartum on the incidence of retained fetal membranes (RFM) and reproductive performance of dairy cows. Eight-hundred and ninety dairy cows and heifers, being 390 Holsteins (132 nuliparous and 258 parous) and 500 crossbred Holstein x Gyr (199 nuliparous and 301 parous) from three dairy farms were assigned to the study from May 2012 to April 2013. In all three farms, prepartum females were housed in pastures, and from October to March, cows had access to pasture and were managed under grazing and received 2 kg/d of a mixture of finely ground corn, soybean meal, and minerals and vitamins. From April to September, prepartum animals received a TMR composed of corn silage, finely ground corn, soybean meal, and minerals and vitamins. During the prepartum period, animals received 280 (Farm 1), 390 (Farm 2), and 480 (Farm 3) IU of vitamin E/d. Within each farm, cows and heifers were randomly assigned to remain as untreated controls or to receive three i.m. injections of 1,000 IU each of DL-?-tocopherol administered at 258 ± 3, 265 ± 3, and 272 ± 3 d of gestation (VitE). Blood was sampled from a subset of 141 animals immediately before enrollment to determine the _-tocopherol status. Blood was also analyzed for concentrations of cortisol and nonesterified fatty acids (NEFA). Statistical analysis was performed with SAS software using the GLIMMIX, MIXED, PHREG and LIFETEST procedures. The concentration of ?-tocopherol in serum of females did not differ between treatments and averaged 2.97 ± 0.10 ?g/mL. A total of 53.2% of the animals had inadequate concentration of serum ?-tocopherol based on the 3.0 ?g/mL cut-off for adequacy. The probability of cows to have RFM decreased as the concentration of ?-tocopherol in serum increased (P = 0,01). Milk production did not differ between Control and VitE cows. Treatment with injectable ?-tocopherol improved postpartum health by reducing the incidence of stillbirths, RFM, and death by 200 d postpartum. Cows receiving VitE tended (P = 0,08) to have improved pregnancy per insemination (P/AI) at first AI (36.7 vs. 30.1%) because of less pregnancy loss between 30 and 60 d of gestation (12.5 vs. 20.5%). Despite similar insemination rate, cows receiving VitE had 22% greater pregnancy rate than control cows, which was attributed to the improved P/AI and reduced pregnancy loss in all inseminations during the first 200 d in milk. Females in VitE had reduced concentrations of cortisol and NEFA around calving. 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