O cômico e o riso no Quixote

Este trabalho tem como objetivo analisar o cômico e o riso no Quixote. Para tanto, deter-nos-emos em preceptivas dos séculos XVI e XVII, que trazem à baila discussões sobre o cômico, realizadas por tratadistas cujos trabalhos partiram de uma perspectiva poético-retórica. Os prólogos do Quixote e...

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Bibliographic Details
Main Author: Valeria da Silva Moraes
Other Authors: Maria Augusta da Costa Vieira
Language:Portuguese
Published: Universidade de São Paulo 2012
Subjects:
Online Access:http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8145/tde-20082012-111645/
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spelling ndltd-IBICT-oai-teses.usp.br-tde-20082012-1116452019-01-21T23:52:44Z O cômico e o riso no Quixote The comical and laughter in Quixote Valeria da Silva Moraes Maria Augusta da Costa Vieira Joao Adolfo Hansen María Dolores Aybar Ramírez Cômico Poética Quixote Retórica Riso Comical Laugh Poetics Quixote Rhetoric Este trabalho tem como objetivo analisar o cômico e o riso no Quixote. Para tanto, deter-nos-emos em preceptivas dos séculos XVI e XVII, que trazem à baila discussões sobre o cômico, realizadas por tratadistas cujos trabalhos partiram de uma perspectiva poético-retórica. Os prólogos do Quixote evidenciam a preocupação de Miguel de Cervantes com o riso de seus leitores e revelam que a obra, de acordo com estudiosos como Russell e Close, estava ligada ao entretenimento do público. Assim, o debate que o prólogo de 1615 estabelece com Avellaneda, o dito autor apócrifo, também se converte numa importante leitura para a compreensão do cômico na obra cervantina. Nesse sentido, episódios nos quais a comicidade está presente, tais como o enfrentamento de Dom Quixote com um leão (Cap. XVII, DQ II), evidenciam a preocupação do escritor em compor sua obra a partir de uma mistura estilística, em que a admiração e o riso do leitor são componentes essenciais. Abordamos, ainda, o elemento cômico em Cervantes e em Avellaneda, com o intuito de compreender como os Quixotes de 1605 e 1614, no que tange à comicidade, obedecem a princípios distintos. This paper aims at analyzing the comical and the laugh in Quixote. In doing so, we center ourselves on the 16th and 17th preceptives that bring up discussions around the comical, made by preceptists whose works were based on a poetic-rhetorical perspective. Quixotes prologues show how much Cervantes was worried about his readers laughing. It also reveals that his work, according to scholars such as Russell and Close, was related to the entertainment of his audience. Thus, the debate established by the prologue of the 1615 edition, by Avellaneda the so-called apocryphal author , also constitutes a relevant study for us to understand the comical in the work of Cervantes. In this sense, episodes such as the one in which Don Quixote defies a lion (Chapter XVII, DQ II) make evident that the writer is worried about composing his work based on a stylistic mixture, in which the readers admiration and laugh are its essential components. Finally, we approach the comic element in Cervantes and in Avellanedas works, as to understand how both Quixotes (the one published in 1605 and the one published in 1614) are bound to different principles of comicalness. 2012-03-30 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8145/tde-20082012-111645/ por info:eu-repo/semantics/openAccess Universidade de São Paulo Letras (Língua Espanhola e Literaturas Espanholas e Hispano-Americana) USP BR reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP instname:Universidade de São Paulo instacron:USP
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Valeria da Silva Moraes
O cômico e o riso no Quixote
description Este trabalho tem como objetivo analisar o cômico e o riso no Quixote. Para tanto, deter-nos-emos em preceptivas dos séculos XVI e XVII, que trazem à baila discussões sobre o cômico, realizadas por tratadistas cujos trabalhos partiram de uma perspectiva poético-retórica. Os prólogos do Quixote evidenciam a preocupação de Miguel de Cervantes com o riso de seus leitores e revelam que a obra, de acordo com estudiosos como Russell e Close, estava ligada ao entretenimento do público. Assim, o debate que o prólogo de 1615 estabelece com Avellaneda, o dito autor apócrifo, também se converte numa importante leitura para a compreensão do cômico na obra cervantina. Nesse sentido, episódios nos quais a comicidade está presente, tais como o enfrentamento de Dom Quixote com um leão (Cap. XVII, DQ II), evidenciam a preocupação do escritor em compor sua obra a partir de uma mistura estilística, em que a admiração e o riso do leitor são componentes essenciais. Abordamos, ainda, o elemento cômico em Cervantes e em Avellaneda, com o intuito de compreender como os Quixotes de 1605 e 1614, no que tange à comicidade, obedecem a princípios distintos. === This paper aims at analyzing the comical and the laugh in Quixote. In doing so, we center ourselves on the 16th and 17th preceptives that bring up discussions around the comical, made by preceptists whose works were based on a poetic-rhetorical perspective. Quixotes prologues show how much Cervantes was worried about his readers laughing. It also reveals that his work, according to scholars such as Russell and Close, was related to the entertainment of his audience. Thus, the debate established by the prologue of the 1615 edition, by Avellaneda the so-called apocryphal author , also constitutes a relevant study for us to understand the comical in the work of Cervantes. In this sense, episodes such as the one in which Don Quixote defies a lion (Chapter XVII, DQ II) make evident that the writer is worried about composing his work based on a stylistic mixture, in which the readers admiration and laugh are its essential components. Finally, we approach the comic element in Cervantes and in Avellanedas works, as to understand how both Quixotes (the one published in 1605 and the one published in 1614) are bound to different principles of comicalness.
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