Monitoramento da carga interna de treinamento no tênis: validação e aplicações do método da percepção subjetiva da sessão

O presente estudo é constituído por três experimentos diferentes, que tem como ponto central a investigação do método da PSE da sessão. No primeiro experimento foi avaliada a validade do método da percepção subjetiva do esforço (PSE) da sessão para a quantificação da carga interna de treinamento...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Rodrigo Vitasovic Gomes
Other Authors: Marcelo Saldanha Aoki
Language:Portuguese
Published: Universidade de São Paulo 2014
Subjects:
Online Access:http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/39/39132/tde-30062014-084642/
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topic Carga de treinamento
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Tenistas
Treinamento esportivo
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Treinamento esportivo
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Intensity volume
Periodization
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Rodrigo Vitasovic Gomes
Monitoramento da carga interna de treinamento no tênis: validação e aplicações do método da percepção subjetiva da sessão
description O presente estudo é constituído por três experimentos diferentes, que tem como ponto central a investigação do método da PSE da sessão. No primeiro experimento foi avaliada a validade do método da percepção subjetiva do esforço (PSE) da sessão para a quantificação da carga interna de treinamento (CIT) no Tênis. Neste experimento foram monitoradas 384 sessões de treinamento técnico/tático, 23 partidas simuladas e 13 partidas oficiais. A CIT foi calculada utilizando dois métodos de quantificação da CIT: o método da PSE da sessão e o método proposto por Edwards, baseado no comportamento da frequência cardíaca. Posteriormente, foi calculado o índice de correlação entre os dois métodos. Foi detectada correlação individual entre os métodos (r = 0,58 - 0,89; p<0,01). Também foi observada correlação entre os métodos para as sessões de treinamento técnico/tático (r = 0,74), os jogos simulados (r = 0,57) e os jogos oficiais (r = 0,99). Estes resultados sugerem que o método da PSE da sessão é uma alternativa válida, não invasiva, para quantificar a CIT de tenistas. O segundo experimento, descreve o padrão de distribuição da intensidade utilizada por tenistas durante a pré-temporada e no início do período competitivo, a partir da metodologia da PSE da sessão. Foram monitoradas 407 sessões de treinamento técnico/tático e 17 jogos oficiais, realizadas durante as 5 primeiras semanas de preparação para o período competitivo e a primeira semana de competições (dezembro à janeiro). A distribuição da intensidade das sessões de treinamento concentra maior parte do volume (90%) do treinamento entre as zonas de baixa e moderada intensidade (Zona 1 = 42%; Zona 2 = 47,5%), e apenas uma pequena parte das sessões (Zona 3 = 10,5%) é realizada em alta intensidade. Foi observada discrepância entre o padrão de distribuição de intensidade das sessões de treinamento técnico/tático (zona 1 = 42,0%; zona 2 = 47,5% e zona 3 = 10,5%) e as partidas oficiais (zona 1 = 0,0%; zona 2 = 10,8% e zona 3 = 89,2%). Estes resultados indicam a existência de divergência entre a intensidade das sessões de treinamento técnico/tático (baixa e moderada intensidade) e a intensidade das partidas oficiais (alta intensidade). E, finalmente, o terceiro experimento, avaliou o efeito do programa de treinamento periodizado sobre a dinâmica da CIT e a subsequente tolerância ao estresse, respostas imuno-endócrinas e o desempenho físico de tenistas durante a prétemporada. Jogadores de tênis profissionais (n=12) foram monitorados durante o período de pré-temporada, que foi dividida em 4 semanas de treinamento (com 2 semanas de intensificação do treinamento) e 1 semana de polimento. Foram determinadas medidas semanais de CIT, monotonia do treinamento, esforço de treinamento e tolerância ao estresse (fontes e sintomas de estresse). Também foram analisadas a concentração de hormônios na saliva (testosterona e cortisol) e a concentração de imunoglobulina-A. O teste de força de 1RM, o teste do Yo-Yo IE Level II, o teste de impulsão vertical e o teste de agilidade (teste T) foram determinados antes e após o período de treinamento. O programa de periodização do treinamento promoveu modificações na CIT (aumento nas semanas 3 e 4 referente ao período de intensificação da carga externa de treinamento (CET), diminuição na semana 5 referente ao período de polimento). A concentração de cortisol (aumento na terceira semana) e os sintomas de estresse (aumento na terceira e quarta semanas) acompanharam as modificações na CET (intensificação), antes de retornarem aos valores basais na semana 5 (polimento) (p < 0,05). Inversamente, foi observada redução da relação T:C nas semanas 3 e 4, que posteriormente retornou ao valor basal na semana 5 (p < 0,05). Além disso, foi verificado aumento no desempenho dos testes de força, endurance e agilidade (p<0,05). O programa de treinamento periodizado (intensificação da CET seguida de polimento) promoveu modificações adaptativas na tolerância ao estresse e respostas hormonais, que podem ter mediado a melhora do desempenho físico === The current study consists of three different experiments which have the main focus on the investigation of the session RPE method. The first experiment examined the ecological validity of the session-RPE method for quantifying internal training load (ITL) in Tennis. This experiment monitored 384 training sessions, 23 simulated matches and 13 official matches. The ITL was calculated using two methods, the session-RPE method and the heart rate (HR)-based method, developed by Edwards. The correlation was then calculated between the two methods. Significant individual correlations were observed between both methods (r = 0.58 - 0.89; p<0,01). It was also observed correlation between methods during training sessions (r 0.74), simulated matches (r = 0,57) and official matches (r = 0.99). The results support the validity of session-RPE as a, non-invasive, method for quantifying ITL in tennis players. The second experiment described the distribution of training intensity in a group of elite young tennis players during the preseason and the beginning of their competitive season, using RPE session method. It was monitored 407 training sessions and 17 official matches during the first 5 weeks of the pre-season and first week of tournaments (December to January). The training intensity distribution was concentrated (90%) in the low to moderate zones (Zone 1 = 42% and Zone 2 = 47,5%), and only a few sessions (Zone 3 = 10,5%) were performed at high-intensity. It was observed discrepancy between the training intensity distribuition of training sessions (Zone 1 = 42,0%; Zone 2 = 47,5% and Zone 3 = 10,5%) and official matches (Zone 1 = 0,0%; Zone 2 = 10,8% and Zone 3 = 89,2%). These results suggest a contradictory scenario between intensity of training court sessions (Low and Moderated intensity) and official matches (high intensity). Finally, the third experiment investigated the effect of a periodised training plan on the ITL, stress tolerance, immune-endocrine responses and physical performance in tennis players during the pre-season. Professional tennis players (n = 12) were monitored across the pre-season period, which was divided into 4 weeks training period (with 2 weeks of progressive overloading training) and a 1-week tapering period. Weekly measures of ITL, training strain, training monotony and stress tolerance (sources and symptoms of stress) were taken, along with salivary testosterone, cortisol and immunoglobulin A. One repetition maximum strength, yo-yo test, jump height and agility (T-test) were assessed before and after training period. The periodization of the training plan led to significant weekly changes in training loads (i.e. increasing in weeks 3 and 4, referring to the period of intensification of the external training load (ETL), and decreasing in week 5, referring to the tapering period). Cortisol concentration (increased in week 3) and the symptoms of stress (increased in weeks 3 and 4) followed the in ETL (overloading period), before returning to baseline in week 5 (tapering period) (P < 0.05). Conversely, the testosterone to cortisol ratio decreased in weeks 3 and 4, before returning to baseline in week 5 (P < 0.05). Moreover, the periodised training plan induced post-training improvements in strength, endurance and agility (P < 0.05). The periodised training plan (ETL overload following taper) evoked changes in the ITL, the stress tolerance and the hormonal responses, which may have mediated the improvements in physical performance
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spelling ndltd-IBICT-oai-teses.usp.br-tde-30062014-0846422018-05-23T18:34:35Z Monitoramento da carga interna de treinamento no tênis: validação e aplicações do método da percepção subjetiva da sessão Monitoring the internal training load in Tennis: validation and applications of the session RPE method Rodrigo Vitasovic Gomes Marcelo Saldanha Aoki Charles Ricardo Lopes Alexandre Moreira Fabio Yuzo Nakamura Hamilton Augusto Roschel da Silva Carga de treinamento Intensidade Periodização Tenistas Treinamento esportivo Volume Intensity volume Periodization Sports training Tennis players Training load O presente estudo é constituído por três experimentos diferentes, que tem como ponto central a investigação do método da PSE da sessão. No primeiro experimento foi avaliada a validade do método da percepção subjetiva do esforço (PSE) da sessão para a quantificação da carga interna de treinamento (CIT) no Tênis. Neste experimento foram monitoradas 384 sessões de treinamento técnico/tático, 23 partidas simuladas e 13 partidas oficiais. A CIT foi calculada utilizando dois métodos de quantificação da CIT: o método da PSE da sessão e o método proposto por Edwards, baseado no comportamento da frequência cardíaca. Posteriormente, foi calculado o índice de correlação entre os dois métodos. Foi detectada correlação individual entre os métodos (r = 0,58 - 0,89; p<0,01). Também foi observada correlação entre os métodos para as sessões de treinamento técnico/tático (r = 0,74), os jogos simulados (r = 0,57) e os jogos oficiais (r = 0,99). Estes resultados sugerem que o método da PSE da sessão é uma alternativa válida, não invasiva, para quantificar a CIT de tenistas. O segundo experimento, descreve o padrão de distribuição da intensidade utilizada por tenistas durante a pré-temporada e no início do período competitivo, a partir da metodologia da PSE da sessão. Foram monitoradas 407 sessões de treinamento técnico/tático e 17 jogos oficiais, realizadas durante as 5 primeiras semanas de preparação para o período competitivo e a primeira semana de competições (dezembro à janeiro). A distribuição da intensidade das sessões de treinamento concentra maior parte do volume (90%) do treinamento entre as zonas de baixa e moderada intensidade (Zona 1 = 42%; Zona 2 = 47,5%), e apenas uma pequena parte das sessões (Zona 3 = 10,5%) é realizada em alta intensidade. Foi observada discrepância entre o padrão de distribuição de intensidade das sessões de treinamento técnico/tático (zona 1 = 42,0%; zona 2 = 47,5% e zona 3 = 10,5%) e as partidas oficiais (zona 1 = 0,0%; zona 2 = 10,8% e zona 3 = 89,2%). Estes resultados indicam a existência de divergência entre a intensidade das sessões de treinamento técnico/tático (baixa e moderada intensidade) e a intensidade das partidas oficiais (alta intensidade). E, finalmente, o terceiro experimento, avaliou o efeito do programa de treinamento periodizado sobre a dinâmica da CIT e a subsequente tolerância ao estresse, respostas imuno-endócrinas e o desempenho físico de tenistas durante a prétemporada. Jogadores de tênis profissionais (n=12) foram monitorados durante o período de pré-temporada, que foi dividida em 4 semanas de treinamento (com 2 semanas de intensificação do treinamento) e 1 semana de polimento. Foram determinadas medidas semanais de CIT, monotonia do treinamento, esforço de treinamento e tolerância ao estresse (fontes e sintomas de estresse). Também foram analisadas a concentração de hormônios na saliva (testosterona e cortisol) e a concentração de imunoglobulina-A. O teste de força de 1RM, o teste do Yo-Yo IE Level II, o teste de impulsão vertical e o teste de agilidade (teste T) foram determinados antes e após o período de treinamento. O programa de periodização do treinamento promoveu modificações na CIT (aumento nas semanas 3 e 4 referente ao período de intensificação da carga externa de treinamento (CET), diminuição na semana 5 referente ao período de polimento). A concentração de cortisol (aumento na terceira semana) e os sintomas de estresse (aumento na terceira e quarta semanas) acompanharam as modificações na CET (intensificação), antes de retornarem aos valores basais na semana 5 (polimento) (p < 0,05). Inversamente, foi observada redução da relação T:C nas semanas 3 e 4, que posteriormente retornou ao valor basal na semana 5 (p < 0,05). Além disso, foi verificado aumento no desempenho dos testes de força, endurance e agilidade (p<0,05). O programa de treinamento periodizado (intensificação da CET seguida de polimento) promoveu modificações adaptativas na tolerância ao estresse e respostas hormonais, que podem ter mediado a melhora do desempenho físico The current study consists of three different experiments which have the main focus on the investigation of the session RPE method. The first experiment examined the ecological validity of the session-RPE method for quantifying internal training load (ITL) in Tennis. This experiment monitored 384 training sessions, 23 simulated matches and 13 official matches. The ITL was calculated using two methods, the session-RPE method and the heart rate (HR)-based method, developed by Edwards. The correlation was then calculated between the two methods. Significant individual correlations were observed between both methods (r = 0.58 - 0.89; p<0,01). It was also observed correlation between methods during training sessions (r 0.74), simulated matches (r = 0,57) and official matches (r = 0.99). The results support the validity of session-RPE as a, non-invasive, method for quantifying ITL in tennis players. The second experiment described the distribution of training intensity in a group of elite young tennis players during the preseason and the beginning of their competitive season, using RPE session method. It was monitored 407 training sessions and 17 official matches during the first 5 weeks of the pre-season and first week of tournaments (December to January). The training intensity distribution was concentrated (90%) in the low to moderate zones (Zone 1 = 42% and Zone 2 = 47,5%), and only a few sessions (Zone 3 = 10,5%) were performed at high-intensity. It was observed discrepancy between the training intensity distribuition of training sessions (Zone 1 = 42,0%; Zone 2 = 47,5% and Zone 3 = 10,5%) and official matches (Zone 1 = 0,0%; Zone 2 = 10,8% and Zone 3 = 89,2%). These results suggest a contradictory scenario between intensity of training court sessions (Low and Moderated intensity) and official matches (high intensity). Finally, the third experiment investigated the effect of a periodised training plan on the ITL, stress tolerance, immune-endocrine responses and physical performance in tennis players during the pre-season. Professional tennis players (n = 12) were monitored across the pre-season period, which was divided into 4 weeks training period (with 2 weeks of progressive overloading training) and a 1-week tapering period. Weekly measures of ITL, training strain, training monotony and stress tolerance (sources and symptoms of stress) were taken, along with salivary testosterone, cortisol and immunoglobulin A. One repetition maximum strength, yo-yo test, jump height and agility (T-test) were assessed before and after training period. The periodization of the training plan led to significant weekly changes in training loads (i.e. increasing in weeks 3 and 4, referring to the period of intensification of the external training load (ETL), and decreasing in week 5, referring to the tapering period). Cortisol concentration (increased in week 3) and the symptoms of stress (increased in weeks 3 and 4) followed the in ETL (overloading period), before returning to baseline in week 5 (tapering period) (P < 0.05). Conversely, the testosterone to cortisol ratio decreased in weeks 3 and 4, before returning to baseline in week 5 (P < 0.05). Moreover, the periodised training plan induced post-training improvements in strength, endurance and agility (P < 0.05). 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