Prevalência do conhecimento da atual recomendação de atividade física para a saúde e os fatores associados entre adolescentes da rede pública de ensino de Londrina, Paraná

Estima-se que 5,3 milhões de mortes em todo mundo sejam atribuídas à inatividade física. Ainda assim, 4/5 da população adolescente mundial é classificada como fisicamente inativa. O nível de conhecimento é entendido na literatura como um possível mediador da atividade física e vem sendo foco de inte...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Philippe Fanelli Ferraiol
Other Authors: Arli Ramos de Oliveira .
Language:Portuguese
Published: Universidade Estadual de Londrina, Universidade Estadual de Maringá. Centro de Educação Física e Esporte. Programa de Pós-Graduação em Educação Física. 2015
Online Access:http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000201008
Description
Summary:Estima-se que 5,3 milhões de mortes em todo mundo sejam atribuídas à inatividade física. Ainda assim, 4/5 da população adolescente mundial é classificada como fisicamente inativa. O nível de conhecimento é entendido na literatura como um possível mediador da atividade física e vem sendo foco de intervenções visando a redução do peso corporal, aumento dos níveis de atividade física e diminuição do comportamento sedentário. O objetivo do presente estudo foi identificar a prevalência de conhecimento sobre a atual recomendação de atividade física entre adolescentes da rede pública de ensino da cidade de Londrina, Paraná. Foram avaliados 1667 adolescentes, entre o 1º e 3º ano do ensino médio regular. O conhecimento da recomendação foi avaliado mediante três questões, sendo uma para cada componente da atual recomendação: frequência, duração e intensidade (MARQUES et al., 2014). Ainda, os escolares foram avaliados em relação ao seu comportamento de atividade física no lazer, atividade de força muscular e comportamento sedentário (IPAQ). Os dados foram apresentados de forma individual e agrupados. A maior proporção de resposta correta foi em relação ao componente intensidade da atividade física (41,3%), seguido pela duração (11,4%) e frequência (3,7%), respectivamente. Contudo, apenas 2,2% dos escolares responderam corretamente os três fatores supracitados. Apesar da baixa prevalência, o conhecimento da recomendação associou-se significativamente à prática de atividade física por mais de 300 minutos semanais; RP = 3,55 (1,58 – 7,96). Adicionalmente, o conhecimento associou-se à prática de atividade de força muscular por 4 ou mais dias na semana; RP = 4,47 (2,31 – 8,67). Na análise ajustada, após o controle em reação às barreiras percebidas para a prática de atividade física, fatores demográficos e socioeconômicos, o conhecimento da atual recomendação manteve-se associada à atividade fisica no lazer, RP = 2,51 (1,01 – 6,24) e à prática de atividade de força muscular, RP = 2,69 (1,12 – 6,48). Apesar das prevalências de conhecimento apresentarem-se extremamente baixas, mesmo depois de ajustado por variáveis intervenientes, manteve-se associado à prática de atividade física no lazer e de força muscular. Os resultados do presente estudo reforçam a premissa de se investir em educação para saúde como forma de profilaxia e tratamento da epidemia de inatividade física, comportamento sedentário e doenças associadas. === An estimated 5.3 million deaths worldwide are attributable to physical inactivity. However, 4/5 of the world's adolescent population is classified as physically inactive. The level of knowledge is understood in the literature as a possible mediator of physical activity and has been the target of interventions aimed at reducing body weight, increased levels of physical activity and decreased sedentary behavior. The propouse of this study was to identify the prevalence of knowledge about the current recommendation of physical activity among adolescents in public schools at Londrina City, Paraná. The study involved 1667 adolescents, both sexes, from 1st to 3rd grade of regular high school. The knowledge of the recommendation was assessed by three questions, one for each of the current recommendation components: frequency, duration and intensity (MARQUES et al., 2014). The data were presented in individual and gruped way. Moreover, the students were assessed in relation to their physical activity during leisure time, muscle strength activity and sedentary behavior (IPAQ). The highest proportion of correct response was to the intensity of physical activity component (41.3%), followed by the duration (11.4%) and frequency (3.7%), respectively. However, only 2.2% of the students answered correctly the above three factors clustered. Despite the low prevalence, the knowledge of actual recommendation was significantly associated with the practice of physical activity for more than 300 minutes per week. Additionally, the knowledge associated with the practice of muscle strength activity by 4 or more days a week. In adjusted analysis, after controlling for response to perceived barriers to physical activity, demographic and socioeconomic factors, the knowledge of current recommendation remained associated with physical activity in leisure time and the practice of muscle strength activity. Although the knowledge of prevalence were shown to be extremely low, even after adjusting for intervening variables, it remained associated with physical activity in leisure time and muscle strength. The results of this study reinforce the premise of investing in health education as an way of prophylaxis and treatment of physical inactivity epidemic, sedentary behavior and associated diseases.