AVALIAÇÃO DE INTOXICAÇÃO POR ORGANOFOSFORADOS EM TRABALHADORES RURAIS DO CULTIVO DO TOMATEIRO (Lycopersicum esculentum Mill.), NA REGIÃO DE CARATINGA, MG

A utilização extensiva de agrotóxicos na produção de alimentos tem sido motivo de preocupação com relação à saúde do trabalhador rural. O uso indiscriminado destas substâncias químicas, em especial os organofosforados e carbamatos, evidencia riscos e danos à saúde, sendo o principal causador de into...

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Bibliographic Details
Main Author: Nilton Lima Pinheiro
Other Authors: Míriam Abreu Albuquerque
Language:Portuguese
Published: Centro Universitário de Caratinga 2009
Subjects:
Online Access:http://bibliotecadigital.unec.edu.br/bdtdunec/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=105
Description
Summary:A utilização extensiva de agrotóxicos na produção de alimentos tem sido motivo de preocupação com relação à saúde do trabalhador rural. O uso indiscriminado destas substâncias químicas, em especial os organofosforados e carbamatos, evidencia riscos e danos à saúde, sendo o principal causador de intoxicação, incapacitação e morte de trabalhadores rurais no Brasil e no mundo. O presente estudo contou com a participação de 33 trabalhadores rurais na atividade de pulverização de agrotóxicos em lavouras de tomateiro (Lycopersicum esculentum Mill.) nos municípios de Ubaporanga, Inhapim, Iapú e Bugre na região de Caratinga – MG. Os Objetivos foram: conhecer o perfil sócio econômico situacional, avaliar a ocorrência de intoxicações devido à exposição ocupacional aos agrotóxicos, investigar a ocorrência/frequência do uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e identificar o destino final das embalagens de agrotóxicos. Foram utilizados como instrumentos, a coleta de dados no formato de questionário semi-estruturado e a análise sanguínea de colinesterase plasmática. Todos os trabalhadores eram do sexo masculino, sendo que 42,4% eram proprietários, média de idade de 34,3 anos, baixo nível de escolaridade (em média 3,4 anos de estudos regulares). Quanto ao risco à saúde do trabalhador, 72,7% pulverizavam agrotóxicos duas vezes por semana, 66,7% não receberam treinamento para atividade e 66,7% usavam incompleto ou não usavam EPIs de forma adequada na atividade de pulverização. No teste de colinesterase plasmática (BchE), 3% da população estudada apresentou resultados abaixo do valor de referência. Ficou constatada a necessidade de estratégias tanto do poder público quanto privado, para minimizar os riscos à saúde desses trabalhadores, na expectativa de sensibilizá-los dos riscos inerentes à profissão. Também há necessidade de fiscalizar a utilização consciente de agroquímicos para a sustentabilidade do meio ambiente.