Análise dos mecanismos imunológicos associados ao estabelecimento da reação reversa em pacientes com a forma lepromatosa da hanseníase

Made available in DSpace on 2016-02-26T13:44:33Z (GMT). No. of bitstreams: 2 luciana_santos_ioc_mest_2014.pdf: 1955821 bytes, checksum: 69f7294e0170b52f61568c172e15d50f (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2016-02-23 === A reação r...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Santos, Luciana Nahar dos
Other Authors: Silva, Fátima da Conceição
Language:Portuguese
Published: 2016
Subjects:
Online Access:https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/12878
Description
Summary:Made available in DSpace on 2016-02-26T13:44:33Z (GMT). No. of bitstreams: 2 luciana_santos_ioc_mest_2014.pdf: 1955821 bytes, checksum: 69f7294e0170b52f61568c172e15d50f (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2016-02-23 === A reação reversa (RR) é um quadro súbito com lesões cutâneas e neurais agudas que interrompem o curso crônico da hanseníase. A RR pode ocorrer em qualquer momento da evolução clínica da doença, inclusive após cura bacteriológica, afetando tanto pacientes multibacilares como paucibacilares. É largamente aceito que mecanismos imunológicos estão envolvidos neste processo, entretanto, o papel da resposta imune adaptativa específica ao M. leprae na patogênese da RR ainda não está esclarecido, já que ocorre em pacientes hiporrespondedores. No presente estudo caracterizamos as subpopulações de linfócitos T sanguíneos ex vivo envolvidas na RR assim como suas atividades funcionais in vitro. Para tanto, analisamos pacientes multibacilares com a forma clínica Borderline Lepromatosa (BL) que desenvolveram pela primeira vez a RR. Pacientes BL não reacionais e controles sadios de área endêmica para a hanseníase também foram incluídos no estudo. As análises fenotípica e funcionais ex vivo e in vitro foram realizadas por meio de citometria de fluxo multiparamétrica. Para os ensaios in vitro, as células mononucleares de sangue periférico (PBMC) dos pacientes foram cultivadas e estimuladas com M. leprae (ML, 20\F06Dg/mL) e enterotoxina B de Staphyilococcus aureus (SEB, 1\F06Dg/mL) por 6 horas Para detectar a resposta proliferativa, as células foram incubadas com carboxifluoresceína diacetato succinimidil éster (CFSE) e estimuladas com ML e SEB por 5 dias. A análise dos genes que codificam os fatores de transcrição críticos para a diferenciação de linfócitos T foi realizada por reação da polimerase em cadeia quantitativa em tempo real (qRT-PCR). Os resultados obtidos em nosso estudo sugerem que na abertura da RR, stat4 e t-bet são preferencialmente expressos in vivo. Observamos ainda diminuição ex vivo na frequência de linfócitos TNAÏVE no grupo RR e a prevalência nesses pacientes de células TEF e de memória previamente ativadas. As mesmas observações e conclusões podem ser aplicadas no que concerne à resposta proliferativa, vez que linfócitos T CD4+ e CD8+ do grupo RR proliferam in vitro espontaneamente e em resposta ao M. leprae. As células produtoras de IFN-\F067 foram observadas em todas as subpopulações de linfócitos T do grupo RR, incluindo TNAÏVE. No grupo RR também observamos frequências aumentadas de células TEF, TCM e TEM CD4+ e CD8+ produtoras de TNF\F02E\F020Além disso, nas mesmas condições, observamos frequência significativa de células TEF produtoras de IL-10. Em conjunto, os dados aqui apresentados e discutidos sugerem ativação Th1 in vivo como fator preponderante na patogênese da RR em pacientes BL === R eversal reaction (RR) is a sudden acute cutaneous and neural manifestation with lesions, that interrupt the chronic course of lepros y. RR can occur at any time during the clinical course of the disease, even after bacteriological cure, affecting both multibacillary and paucibacillary patients. It is widely accepted that immune mechanisms are involved in this process; however, the role of specific adaptive immune response to M. leprae in the RR pathogenesis is not clear, since it occurs in hyporesponsive patients. In the present study , we characterize ex vivo blood T lymphocytes subsets involved in RR , as well as their in vitro functiona l activities. For such purpose , we analyzed BL patients which developed RR. Non reactional BL patients and healthy individuals from endemic leprosy area were also included in the study. Phenotypic and functional ex vivo and in vitro analyzes were performed by multiparametric flow cytometry. For in vitro assays, peripheral blood mononuclear cells ( PBMC ) were cultured and stimulated with M. leprae (ML, 20  g/mL) and Staphylococcus aureus entertoxin B ( SEB , 1  g/mL) for 6 hours. To detect the proliferative response, PBMC incubated with carboxyfluorescein succinimidyl ester ( CFSE ) were stimulated with ML or SEB for 5 days. The analysis of the transcription factors i nvolved in T cell differentiation was performed by quantitative r eal - t ime polymerase chain reaction (qRT - PCR ) . The results obtained from our study suggest that, at RR onset, stat4 and t - bet are preferentially expressed in vivo . Among RR patients, we still observed an ex vivo decrease in the frequency of T NAIVE lymphocytes, as well as the prevalence of T EF and previously activated memory cells. The same remarks ad conclusions may be applied to the proliferative response, as T CD4+ and C D 8+ lymphocytes proliferate in vitro , both spontaneously and in response to M. leprae . IFN -  producing cells were observed in all T lymphocytes subsets in RR, including T NAIVE . Among RR patients, we also noted an increased frequency of TNF producing T EF , T CM and T EM CD4+ and CD8+ cells. Moreover, under the same conditi ons, we observed a significant frequency of IL - 10 producing T EF cells. Taken together, the data submitted and discussed herein suggest in vivo Th1 activation as a predominant factor in the pathogenesis of RR among BL patients