Estudo do efeito in vitro e in vivo da apigenina em Leishmania amazonensis
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Apigenina Leishmania Leishmaniose/terapia Espécies de Oxigênio Reativas Macrófagos Proteoma Silva, Fernanda da Fonseca e Estudo do efeito in vitro e in vivo da apigenina em Leishmania amazonensis |
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Previous issue date: 2016-01-13 === Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil === A leishmaniose ainda é uma das doenças mais negligenciadas do mundo. Ela está presente nos cinco continentes e é endêmica em 98 países, com 350 milhões de pessoas vivendo em zonas de risco e mais de 12 milhões de pessoas infectadas. Compreende um complexo de doenças causadas por mais de 20 espécies do gênero Leishmania. No Brasil, a Leishmania amazonensis é uma espécie dermotrópica importante. Apesar do progresso na compreensão da bioquímica e biologia deste parasito, este conhecimento ainda não tem refletido na descoberta de novos e eficazes agentes quimioterápicos contra a doença. O tratamento atual é insatisfatório, com altas taxas de toxidez e ineficácia, e não há vacina humana licenciada. A pesquisa de novos medicamentos, a partir de fontes naturais, é amplamente utilizada como uma abordagem bem sucedida na detecção de compostos para o tratamento de doenças parasitárias. Compostos puros obtidos de plantas, como certos flavonoides, exibem atividade antiprotozoária. A apigenina é uma flavona bioativa, abundantemente presente em frutas, ervas e legumes, que mostrou atividade leishmanicida. A apigenina inibiu o crescimento celular de ambas as formas evolutivas de L. amazonensis de maneira dose-dependente. Este efeito inibitório, em promastigotas, foi igual a 74% após 24 h de tratamento com 96 \03BCM de apigenina e, em amastigotas intracelulares, foi igual a 71% após 72 h de tratamento com 12 \03BCM do composto. O IC50/24 h em promastigotas foi 23,68 \03BCM e o IC50/72 h em amastigotas foi 4,33 \03BCM. Observou-se que a apigenina foi capaz de induzir o aumento nos níveis de ERO nos promastigotas e nos macrófagos infectados com L. amazonensis
A incubação com os antioxidantes NAC e GSH reduziu a morte induzida pela apigenina nesses parasitos. A apigenina também foi capaz de causar a diminuição no potencial de membrana mitocondrial, a parada do ciclo celular, a diminuição do potencial proliferativo e alterações ultraestruturais mitocondriais e golgienses nos promastigotas tratados, também de maneira dose-dependente. Além disso, os macrófagos infectados mostraram que o tratamento com apigenina induziu um aumento no número de autofagossomos próximo das amastigotas, sugerindo também a contribuição da autofagia no mecanismo de ação do composto. Na avaliação in silico, a apigenina exibiu propriedades ADMET favoráveis e preencheu a "Regra dos 5\201D de Lipinski, mostrando ser bem absorvida, permeável e oralmente viável. O tratamento oral com apigenina (1 e 2 mg/Kg/dia) em camundongos BALB/c infectados com L. amazonensis mostrou controlar o desenvolvimento da lesão na orelha destes animais e reduzir a carga parasitária de maneira dose-dependente. Os resultados in vitro contribuíram para elucidar a atividade leishmanicida da apigenina e, juntamente como os resultados in vivo, entusiasmam em propor essa flavona como um composto suplementar no tratamento da leishmaniose === Leishmaniasis is still one of the most neglected diseases in the world. It is present on five
continents and is endemic in 98 countries, with 350 million people living in areas at risk and
more than 12 million people infected. Comprises a
complex of diseases caused by over 20
species of the genus
Leishmania
. In Brazil,
Leishmania amazonensis
is an important
dermotropic specie. Despite progress in understanding the biochemistry and biology of this
parasite, this knowledge has not been refle
cted in the discovery of new and effective
chemotherapeutic agents against the disease. The current treatment is unsatisfactory, with
high toxicity and ineffectiveness, and there is no licensed human vaccine. The research of
new drugs from natural sources
is widely used as a successful approach in detecting
compounds for the treatment of parasitic diseases. Pure compounds obtained from plants,
such as certain flavonoids, exhibit antiprotozoal activity. Apigenin is a bioactive flavone,
abundantly present in
fruits, herbs and vegetables, which showed leishmanicidal activity.
Apigenin inhibited cell growth of both forms of
L. amazonensis
in dose
-
dependent manner.
This inhibitory effect on promastigotes was equal to 74% after 24 h of
treatment with 96
μM
apigenin
and on intracellular amastigotes was equal to 71% after 72 h of treatment with 1
2
μM of the compound. The IC
50
/
24 h) in promastigotes was 23.68 μM and the IC
50
/72 h
in
amastigotes was 4.33
μM. It was observed that apigenin was able to induce increased lev
els of
ROS in treated promastigotes and
L. amazonensis
-
infected macrophages. Pre
-
incubation with
antioxidants, such as NAC and GSH, reduced apigenin
-
induced death in these parasites.
Apigenin was also able to cause a decrease in mitochondrial membrane pote
ntial, the cell
cycle arrest, the decrease of proliferative potential, and mitochondrial and golgiense’s
ultrastructural changes in treated promastigotes, also in dose
-
dependent manner. In addition,
macrophages have shown that apigenin treatment induced an
increase in the number of
autophagosomes close to the amastigotes, suggesting the involvement of autophagy in the
mechanism of action of the compound.
When evaluated
in silico
, apigenin exhibited favorable
ADMET properties and filled the Lipinski
’s
"R
ule
of 5"
,
showing to be
well absorbed,
permeable
and orally viable
.
In
murine cutaneous leishmaniasis model,
the oral t
reatment with
apigenin (1 and 2
mg/K
g/day) in BALB/c infected mice showed to control the lesion
development on ear of these animals and to r
educe the parasite burden in dose
-
dependent
manner.
In vitro
studies have contributed to elucidate the leishmanicidal activity of apigenin
and, together with the
in vivo
results, enthusiastic in proposing this flavone as an additional
compound in the treat
ment of leishmaniasis |
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Bou Habib, Elvira Maria Saraiva Chequer |
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ndltd-IBICT-oai-www.arca.fiocruz.br-icict-134912019-01-21T16:54:43Z Estudo do efeito in vitro e in vivo da apigenina em Leishmania amazonensis Silva, Fernanda da Fonseca e Bou Habib, Elvira Maria Saraiva Chequer Vieira, Leda Quercia Castro, Solange Lisboa de Santos, Eduardo Caio Torres dos Barreto, Rubem Figueiredo Sadok Menna Amaral, Elmo Eduardo de Almeida Apigenina Leishmania Leishmaniose/terapia Espécies de Oxigênio Reativas Macrófagos Proteoma Made available in DSpace on 2016-04-04T12:35:27Z (GMT). No. of bitstreams: 2 fernanda_silva_ioc_mest_2014.pdf: 3910647 bytes, checksum: 4b04c7f0b0d2eaf5ff868421bef619ec (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2016-01-13 Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil A leishmaniose ainda é uma das doenças mais negligenciadas do mundo. Ela está presente nos cinco continentes e é endêmica em 98 países, com 350 milhões de pessoas vivendo em zonas de risco e mais de 12 milhões de pessoas infectadas. Compreende um complexo de doenças causadas por mais de 20 espécies do gênero Leishmania. No Brasil, a Leishmania amazonensis é uma espécie dermotrópica importante. Apesar do progresso na compreensão da bioquímica e biologia deste parasito, este conhecimento ainda não tem refletido na descoberta de novos e eficazes agentes quimioterápicos contra a doença. O tratamento atual é insatisfatório, com altas taxas de toxidez e ineficácia, e não há vacina humana licenciada. A pesquisa de novos medicamentos, a partir de fontes naturais, é amplamente utilizada como uma abordagem bem sucedida na detecção de compostos para o tratamento de doenças parasitárias. Compostos puros obtidos de plantas, como certos flavonoides, exibem atividade antiprotozoária. A apigenina é uma flavona bioativa, abundantemente presente em frutas, ervas e legumes, que mostrou atividade leishmanicida. A apigenina inibiu o crescimento celular de ambas as formas evolutivas de L. amazonensis de maneira dose-dependente. Este efeito inibitório, em promastigotas, foi igual a 74% após 24 h de tratamento com 96 \03BCM de apigenina e, em amastigotas intracelulares, foi igual a 71% após 72 h de tratamento com 12 \03BCM do composto. O IC50/24 h em promastigotas foi 23,68 \03BCM e o IC50/72 h em amastigotas foi 4,33 \03BCM. Observou-se que a apigenina foi capaz de induzir o aumento nos níveis de ERO nos promastigotas e nos macrófagos infectados com L. amazonensis A incubação com os antioxidantes NAC e GSH reduziu a morte induzida pela apigenina nesses parasitos. A apigenina também foi capaz de causar a diminuição no potencial de membrana mitocondrial, a parada do ciclo celular, a diminuição do potencial proliferativo e alterações ultraestruturais mitocondriais e golgienses nos promastigotas tratados, também de maneira dose-dependente. Além disso, os macrófagos infectados mostraram que o tratamento com apigenina induziu um aumento no número de autofagossomos próximo das amastigotas, sugerindo também a contribuição da autofagia no mecanismo de ação do composto. Na avaliação in silico, a apigenina exibiu propriedades ADMET favoráveis e preencheu a "Regra dos 5\201D de Lipinski, mostrando ser bem absorvida, permeável e oralmente viável. O tratamento oral com apigenina (1 e 2 mg/Kg/dia) em camundongos BALB/c infectados com L. amazonensis mostrou controlar o desenvolvimento da lesão na orelha destes animais e reduzir a carga parasitária de maneira dose-dependente. Os resultados in vitro contribuíram para elucidar a atividade leishmanicida da apigenina e, juntamente como os resultados in vivo, entusiasmam em propor essa flavona como um composto suplementar no tratamento da leishmaniose Leishmaniasis is still one of the most neglected diseases in the world. It is present on five continents and is endemic in 98 countries, with 350 million people living in areas at risk and more than 12 million people infected. Comprises a complex of diseases caused by over 20 species of the genus Leishmania . In Brazil, Leishmania amazonensis is an important dermotropic specie. Despite progress in understanding the biochemistry and biology of this parasite, this knowledge has not been refle cted in the discovery of new and effective chemotherapeutic agents against the disease. The current treatment is unsatisfactory, with high toxicity and ineffectiveness, and there is no licensed human vaccine. The research of new drugs from natural sources is widely used as a successful approach in detecting compounds for the treatment of parasitic diseases. Pure compounds obtained from plants, such as certain flavonoids, exhibit antiprotozoal activity. Apigenin is a bioactive flavone, abundantly present in fruits, herbs and vegetables, which showed leishmanicidal activity. Apigenin inhibited cell growth of both forms of L. amazonensis in dose - dependent manner. This inhibitory effect on promastigotes was equal to 74% after 24 h of treatment with 96 μM apigenin and on intracellular amastigotes was equal to 71% after 72 h of treatment with 1 2 μM of the compound. The IC 50 / 24 h) in promastigotes was 23.68 μM and the IC 50 /72 h in amastigotes was 4.33 μM. It was observed that apigenin was able to induce increased lev els of ROS in treated promastigotes and L. amazonensis - infected macrophages. Pre - incubation with antioxidants, such as NAC and GSH, reduced apigenin - induced death in these parasites. Apigenin was also able to cause a decrease in mitochondrial membrane pote ntial, the cell cycle arrest, the decrease of proliferative potential, and mitochondrial and golgiense’s ultrastructural changes in treated promastigotes, also in dose - dependent manner. In addition, macrophages have shown that apigenin treatment induced an increase in the number of autophagosomes close to the amastigotes, suggesting the involvement of autophagy in the mechanism of action of the compound. When evaluated in silico , apigenin exhibited favorable ADMET properties and filled the Lipinski ’s "R ule of 5" , showing to be well absorbed, permeable and orally viable . In murine cutaneous leishmaniasis model, the oral t reatment with apigenin (1 and 2 mg/K g/day) in BALB/c infected mice showed to control the lesion development on ear of these animals and to r educe the parasite burden in dose - dependent manner. In vitro studies have contributed to elucidate the leishmanicidal activity of apigenin and, together with the in vivo results, enthusiastic in proposing this flavone as an additional compound in the treat ment of leishmaniasis 2016-04-04T12:35:27Z 2016-04-04T12:35:27Z 2014 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis SILVA, F. da F. e. Estudo do efeito in vitro e in vivo da apigenina em Leishmania amazonenses. 2014. 69f. Dissertação (Mestrado em Biologia Celular e Molecular) - Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Oswaldo Cruz, Rio de janeiro, RJ, 2014 https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/13491 por info:eu-repo/semantics/openAccess reponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ instname:Fundação Oswaldo Cruz instacron:FIOCRUZ |