Summary: | O padrão de desenvolvimento das cidades brasileiras nas últimas décadas, com acelerada urbanização, tem mostrado resultados prejudiciais sobre a forma das cidades, a qualidade de vida nelas e o consumo dos recursos naturais. Para promover a sustentabilidade no planejamento urbano é importante adequar o ambiente construído ao clima local, permitindo ao homem viver em conforto e reduzir o consumo dos recursos naturais. Uma das maneiras apontadas para melhorar a qualidade das cidades e o conforto térmico nelas é através da criação de parques verdes. Este trabalho tem por objetivo analisar a influência dos parques verdes no conforto térmico urbano, através de estudo de caso em Porto Alegre/RS. A pesquisa parte da revisão bibliográfica, para explicar como as áreas verdes podem contribuir para o conforto térmico urbano. Para o estudo de caso foi analisada a influência dos parques Farroupilha, Moinhos de Vento e Germânia nos seus entornos, através de medições in loco de temperatura e umidade do ar, principais variáveis de conforto térmico, e de análises de dados de sensoriamento remoto. Utilizando índices que consideram apenas estas duas variáveis, um com base da carta de Givoni e outro no cálculo da Temperatura Efetiva, não foi possível observar correlação entre o conforto térmico e a presença e proximidade dos parques. Entretanto, analisando as variáveis, é possível observar que os parques aumentaram entre 3,54 e 13,94% a umidade relativa do ar e reduziram a temperatura do ar em até 2,3°C. As análises de sensoriamento remoto vão ao encontro destes resultados, chegando 8,6°C as diferenças de temperaturas de superfície obtidas no interior e no entorno dos parques. Os três parques estudados influenciaram nas variáveis de conforto nos seus entornos, sendo o efeito de oásis mais significativo nos parques maiores e com áreas mais arborizadas e superfícies de água. Assim sendo, até mesmo os parques menores contribuem para a redução das ilhas de calor urbano, evitando que as temperaturas dos centros das cidades aumentem ainda mais. === The pattern of development of Brazilian cities in recent decades, with rapid urbanization, have shown harmful results on the morphology of the cities, the quality of life in them and the consumption of natural resources. To promote sustainability in urban planning it is important to adapt the built environment to the local climate, allowing to live in comfort and to reduce the consumption of natural resources. One of the ways aimed at improving the quality of cities and the thermal comfort in them is by creating green parks. This work aims to analyze the influence of green parks in the urban thermal comfort a case study in Porto Alegre / RS. The study of the literature review can explain how green areas can contribute to the urban thermal comfort. For the case study we analyzed the influence of three parks (Farroupilha, Moinhos de Vento and Germânia) with their surroundings by measurements, in situ, of temperature and humidity, the main variables of thermal comfort, and remote sensing data analysis. Using indexes treating only these two variables, one based on the chart of Givoni and the other in the calculation of Effective Temperature, was not observed correlation between thermal comfort and the presence and proximity of the parks. However, analyzing the variables we can observe that the parks have increased of relative air humidity between 3.54 and 13.94% and reduced air temperature of 2.32°C. Remote sensing analysis are in agreement with these results, reaching 8.56°C differences in surface temperatures obtained inside and around the parks. The three parks studied influenced variables the comfort of in their surroundings, with the oasis effect very significant on the largest parks and more wooded areas and water surfaces. Even the smallest parks contribute to the reduction of urban heat islands, preventing temperatures from urban centers to increase further.
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