Tendência dos riscos da gravidez na adolescência : representações sociais dos enfermeiros acerca da prevenção
GURGEL, Maria Glêdes Ibiapina. Tendência dos riscos da gravidez na adolescência : representações sociais dos enfermeiros acerca da prevenção. 2011. 211 f. Tese (Doutorado em Enfermagem) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Fortaleza, 2011. === Submitted b...
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GURGEL, Maria Glêdes Ibiapina. Tendência dos riscos da gravidez na adolescência : representações sociais dos enfermeiros acerca da prevenção. 2011. 211 f. Tese (Doutorado em Enfermagem) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Fortaleza, 2011. === Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2012-05-11T14:01:58Z
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Previous issue date: 2011 === A gravidez na adolescência e os desfechos desfavoráveis advindos deste fenômeno constituem tema oportuno, pertinente, que enseja interesse e proporciona debate. Isso decorre não só dos aspectos biológicos e epidemiológicos que definem o perfil de saúde desse grupo, mas, acima de tudo, pela ampliação do conceito de saúde e concepções da promoção da saúde, vinculados à qualidade de vida, aliados ao enfoque dos direitos sexuais e reprodutivos e protagonismo juvenil. A gravidez precoce é considerada um problema social e de saúde pública, é associada a uma frequencia aumentada de resultados adversos materno e infantil. Com o objetivo de analisar a tendência dos riscos da gravidez na adolescência para o recém-nascido e as representações sociais dos enfermeiros acerca da prevenção, realizou-se estudo quantitativo de coorte, retrospectivo e qualitativo, descritivo, norteado pela Teoria das Representações sociais com uso de multimétodos. Os dados foram coletados em Fortaleza Ceará, de julho a outubro de 2011, nas bases de dados do SINASC e SIM referentes aos anos de 1999 a 2008, e utilizando-se como recurso o linkage, o modelo de regressão linear simples e coeficiente de correlação r de Pearson. Com 96 enfermeiros da Saúde da Família, foram aplicados o Teste de Associação Livre de Palavras e um questionário, cujos resultados foram analisados por meio das práticas discursivas e o mapa de associação de ideias. A tendência de nascidos vivos em Fortaleza não foi crescente nesse período, no entanto, houve redução dos nascidos vivos na adolescência tardia e um aumento na adolescência precoce, denotando que as adolescentes estão engravidando cada vez mais cedo. Os nascidos vivos de mãe adolescente apresentaram maiores riscos de nascer com baixo peso, prematuro e morrer antes de completar seis dias de vida, do que os de mãe adulta. Esse risco é maior para os filhos de mães de dez a 14. Com a triangulação de métodos evidenciaram-se os riscos da gravidez na adolescência e a hipótese foi confirmada: as adolescentes concentram maiores proporções de nascidos com fatores de risco para a prematuridade, baixo peso ao nascer e mortalidade neonatal precoce, constituindo-se a gravidez na adolescência um fator de risco. O linkage é uma ferramenta importante e que deve ser utilizada para a completude das informações, pois o uso da técnica entre os bancos SINASC e SIM se mostrou bastante útil; igualmente, o processo facilitado pelo software Reclink III. A representação social dos enfermeiros quanto à prevenção da gravidez na adolescência está vinculada à educação, família, grupo e preservativo. Quanto aos riscos foram associados à educação e à prematuridade. As reflexões em torno dessas dimensões não se constituem apenas na avaliação da problematização dos temas estudados, pois possibilitam, também, a formulação de uma abordagem teórica que permita melhor compreensão dos fenômenos psíquicos e da própria dinâmica da produção do sentido pelos enfermeiros da Saúde da Família, na atenção à saúde sexual e reprodutiva do adolescente, com vistas à prevenção da gravidez e os riscos para a mãe e recém-nascido. Há ainda muito a avançar para se alcançar uma atenção à saúde adequada aos direitos dos adolescentes, expressos na legislação brasileira e nas políticas de saúde, que seja digna, equânime, resolutiva, de qualidade e humanizada ao adolescente na perspectiva da promoção da saúde. |
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