Avaliação laboratorial e farmacoterapêutica de crianças Infectadas por vírus HIV-1 em um hospital de referência do estado do Ceará
ARAÚJO, Maria Cristina Andrade de. Avaliação laboratorial e farmacoterapêutica de crianças infectadas por vírus HIV-1 em um hospital de referência do estado do Ceará. 2009. 101 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Farmácia, Odontologia e...
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ARAÚJO, Maria Cristina Andrade de. Avaliação laboratorial e farmacoterapêutica de crianças infectadas por vírus HIV-1 em um hospital de referência do estado do Ceará. 2009. 101 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Fortaleza, 2009. === Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2012-12-19T12:15:18Z
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Previous issue date: 2009 === A Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (AIDS) infantil foi reportada pela primeira vez ao Centro de Controle de Doenças (CDC – Atlanta) em 1982. A Aids tem sido alvo de muitos estudos científicos em todo o mundo. Em decorrência disto, têm sido desenvolvidos medicamentos que possibilitaram a melhoria da qualidade de vida dos portadores do HIV e/ou doentes de Aids e, a cada ano, são disponibilizados novos medicamentos. A introdução da HAART (Highly Active Antiretroviral Therapy) modificou o prognóstico de crianças infectadas pelo HIV, com drástica redução da mortalidade. Acompanhar a terapia antirretroviral (ARV) e os parâmetros laboratoriais de CD4 e carga viral de crianças infectadas com o vírus HIV-1 atendidas no Hospital São José de Doenças Infecciosas (HSJ) e que deram entrada no Laboratório Central de Saúde Pública do Estado do Ceará, LACEN-Ce. No período de 01 de junho a 31 de dezembro de 2006, 88 crianças provenientes do HSJ deram entrada no LACEN-Ce. Durante os anos de 2007 e 2008, as crianças foram acompanhadas quanto às características demográficas, imunológicas, virológicas e farmacoterapêuticas através dos prontuários médicos. As crianças incluídas deveriam ter pelo menos um exame de CD4/ano e um exame de carga viral/ano. Os dados foram analisados segundo o teste de Fisher, teste G (Willams), qui-quadrado de partição e teste ANOVA com pós-teste de tendência. O teste de correlação também foi utilizado para as variáveis: idade, valores de CD4 e carga viral. Foram investigadas 45 crianças portadoras do vírus HIV-1. Em relação ao sexo, 25 (55,6%) crianças eram do sexo feminino e 20 (44,4%) eram do sexo masculino. As crianças que possuíam até 2 anos de idade no momento do diagnóstico confirmatório para HIV foram as mais prevalentes com 44,4%. Em relação à etnia, 77,8 % (n=35) eram pardos. Dos municípios do Ceará, a capital do estado, Fortaleza, é a localidade com maior número de pacientes, 20 (45,5%). As cidades do interior do estado totalizam 24 (54,5%) pacientes. A contagem absoluta de células CD4 variou de 117 a 2.402 células/mm3. A carga viral de HIV variou de indetectável (< 50 cópias RNA-HIV/mL) a 1.300.000 cópias RNA-HIV/mL. Em relação ao uso de terapia ARV, 93,3% (42) usavam medicamentos, enquanto que 6,7% (3) não usavam. O esquema triplo era usado por 75,5% pacientes, a terapia dupla por 11,1 e 6,7 % usavam 4 medicamentos. A manutenção da terapia ARV ocorreu em 24 (57,1%) pacientes, enquanto que em 18 (42,9%) houve a troca dos medicamentos. Os pacientes tratados com terapia tripla apresentaram melhor resposta imunológica e virológica do que os outros tratamentos ARVs (duplo, quádruplo e sem tratamento), justificando sua escolha como regime preferencial de tratamento, mostrando que a terapia seguida pela maioria dos pacientes esta em conformidade com a preconizada pelo Guia de Tratamento Clínico da infecção por HIV em pediatria. |
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