Summary: | A assistÃncia obstÃtrica tornou-se cercada de procedimentos desnecessÃrios e invasivos, na tentativa de minimizar seus efeitos deletÃrios a OrganizaÃÃo Mundial da SaÃde em 1996 categorizou as prÃticas de assistÃncia ao parto e nascimento em: demonstradamente Ãteis e que devem ser estimuladas (Categoria A), claramente prejudiciais ou ineficazes e que devem ser eliminadas (Categoria B), prÃticas que nÃo possuem evidÃncias para apoiar sua recomendaÃÃo (Categoria C) e as que sÃo frequentemente utilizadas de modo inadequados (Categoria D). Este estudo visa caracterizar a assistÃncia obstÃtrica durante o trabalho de parto e parto em mulheres de risco habitual na Maternidade Escola Assis Chateaubriand â UFC. Estudo de corte transversal, realizado entre abril de 2014 e janeiro de 2015, com 421 parturientes de risco habitual, admitidas em trabalho de parto espontÃneo ou induzido, com feto vivo na admissÃo e gestaÃÃo Ãnica, de termo, com conceptos pesando entre 2.500 e 4.499g. O instrumento de coleta de dados foi divido em blocos com caracterÃsticas sÃciodemogrÃficas, clÃnicas e obstÃtricas, assistÃncia ao trabalho de parto, parto e nascimento, morbidade materna, desfecho materno e as prÃticas obstÃtricas da categoria A e da categoria B executadas e resultados perinatais. Os valores foram apresentados como mÃdia  desvio padrÃo. O teste do qui-quadrado foi utilizado para verificar associaÃÃes entre os grupos. Para a comparaÃÃo das variÃveis contÃnuas foi utilizado o Teste t de Student e o t de Student nÃo pareado para variÃveis escalares ou teste de U de Mann-Whitney. Sendo considerado estatisticamente significativo um valor de p < 0,05. O estudo foi aprovado pelo comità de Ãtica sob nÃmero 957.050. As prÃticas obstÃtricas da categoria A mais prevalentes foram ocitocina no terceiro estÃgio (97,1%), partograma (95%), mÃtodos nÃo invasivos para alÃvio da dor (87,2) e presenÃa de acompanhante (84,6%). Enquanto as mais prevalentes da categoria B foram: mais de um toque vaginal em 2 horas (50,4%) e infusÃo intravenosa (44,9%) e ocitocina no primeiro e segundo estÃgio do trabalho de parto (28%) das pacientes. As âBoas prÃticasâ foram mais prevalentes nas mulheres da via de parto vaginal, as cesarianas acabam por ficarem mais propensas a cursarem com intervenÃÃes obstÃtricas da categoria B. Entre os grupos de parto normal e cesariana os resultados maternos apresentam pouca diferenÃa significante exceto pela infecÃÃo puerperal que foi mais prevalente no grupo de parto abdominal, entre os recÃm-nascidos os piores desfechos (reanimaÃÃo na SP, oxigÃnio, UTI e Apgar inferior a 7 no primeiro minuto) foram mais frequentes no grupo que nasceu por cesÃrea.
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