AvaliaÃÃo longitudinal do perfil lipÃdico e de apolipoproteÃnas de pacientes transplantados renais e sua associaÃÃo com imunossupressores na presenÃa ou nÃo de corticoide

FundaÃÃo Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Cientifico e TecnolÃgico === Os fÃrmacos imunossupressores sÃo fundamentais para o transplante (tx) renal, porÃm podem promover alteraÃÃes lipÃdicas nos pacientes transplantados. O objetivo desse estudo foi avaliar a influÃncia do esquema terapÃutico, n...

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Bibliographic Details
Main Author: Janaina Teles Siebra
Other Authors: Maria Goretti Rodrigues de Queiroz
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal do Cearà 2016
Subjects:
Online Access:http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=16902
Description
Summary:FundaÃÃo Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Cientifico e TecnolÃgico === Os fÃrmacos imunossupressores sÃo fundamentais para o transplante (tx) renal, porÃm podem promover alteraÃÃes lipÃdicas nos pacientes transplantados. O objetivo desse estudo foi avaliar a influÃncia do esquema terapÃutico, na presenÃa ou nÃo de corticoide, sobre os nÃveis lipÃdicos e das ApolipoproteÃnas AI e B em pacientes transplantados renais. Tratou-se de um trabalho prospectivo sendo acompanhados 25 pacientes transplantados renais no perÃodo de janeiro a abril/2015 em um hospital universitÃrio (Fortaleza/CearÃ). O projeto foi aprovado pelo Comità de Ãtica em Pesquisa do Hospital UniversitÃrio Walter CantÃdio (UFC) sob o nÃmero 36622114.3.0000.5045 e foram analisados o questionÃrio e os prontuÃrios dos pacientes atendidos no serviÃo de transplante renal no T0 (dia do tx), T10 (10 dias apÃs o tx), T1 (1 mÃs apÃs o tx), T3 (3 meses apÃs o tx), T6 (6 meses apÃs o tx). Foram analisados dados sÃcio demogrÃficos, histÃrico de vida, idade, sexo, fÃrmacos imunossupressores utilizados e exames laboratoriais. Dos pacientes, 16 eram do sexo masculino (64%); na faixa etÃria de acima de 50 anos (n=14; 56%) e 100% dos doadores eram falecidos. Ao analisar-se a doenÃa de base, observou-se que os pacientes apresentavam como doenÃa prÃvia, principalmente, diabetes (n=5; 20%), glomerulonefrite (n=5; 20%), seguido da doenÃa cÃstica do rim (n=4, 16%). Em relaÃÃo à prÃtica de exercÃcio fÃsico 56% do total de pacientes (n=14) realizam e 88% (n=22) eram acompanhados por nutricionista. ApÃs seis meses do transplante renal, observou-se um ganho de peso de 3,2% e um aumento de 3,6% em relaÃÃo ao Ãndice de massa corpÃrea (IMC). Analisando as alteraÃÃes metabÃlicas, 80% (n=20) possuÃam hipertensÃo arterial, 32% (n=8) diabetes e 36% (n=9) dislipidemia prÃ-transplante renal. Os esquemas imunossupressores mais utilizados foram micofenolato sÃdico e tacrolimus (n=13; 52%) e micofenolato sÃdico, tacrolimus e prednisona (n=12; 48%), que foram relacionados a dois grupos distintos de pacientes (com e sem dislipidemia prÃvia ao transplante). No decorrer dos seis meses pÃs-transplante renal, foi apresentada alteraÃÃo no perfil lipÃdico da amostra em comparaÃÃo ao dia do transplante, com diferenÃa estatisticamente significante em determinados momentos. Resultado semelhante foi obtido em relaÃÃo Ãs apolipoproteÃnas AI e B. Ao final do acompanhamento, verificou-se um aumento de 31% nos nÃveis de triglicerÃdeos (TG), 38% lipoproteÃna de alta densidade (HDL), nÃo-HDL-colesterol (34%), 39% lipoproteÃnas de baixa densidade (LDL) e 35% colesterol total (CT) nos pacientes sem dislipidemia prÃvia com esquema terapÃutico com corticoide. Ao analisarmos os nÃveis de apolipoproteÃnas frente a sua respectiva lipoproteÃna observamos um aumento pronunciado da APO B em relaÃÃo ao LDL nos pacientes com dislipidemia prÃvia ao transplante. Isto sugere um aumento do risco cardiovascular neste grupo de pacientes. Ao contrÃrio, nos pacientes sem dislipidemia prÃvia, foi possÃvel observar uma proteÃÃo mais efetiva, haja vista uma elevaÃÃo da APO AI nestes pacientes jà a partir do 1 mÃs de tratamento. Analisando as apolipoproteÃnas AI e B isoladamente, nÃo houve influÃncia do esquema terapÃutico, embora seja possÃvel verificar uma elevaÃÃo dos nÃveis de APO AI no T1 em pacientes com corticoide e elevaÃÃo de APO B no T6 em pacientes sem corticoide. A relaÃÃo da APO AI no T1 nos pacientes em uso do esquema terapÃutico com e sem corticoide foi estatisticamente significante. O mesmo resultado foi obtido na relaÃÃo APO B no T6. Pode-se concluir que as alteraÃÃes no perfil lipÃdico jà sÃo perceptÃveis com seis meses pÃs-transplante renal, que podem estar sendo influenciadas pela utilizaÃÃo do esquema terapÃutico com corticoide, demostrando a necessidade de monitorizaÃÃo logo apÃs o transplante.