Summary: | coordenadoria de aperfeiÃoamento de pessoal de ensino superior === This research seeks to present the post-humanist doctrine, conceptualise it, and present how this way of thinking has been utilising high-end current techno-scientific development (digital technology, genetic engineering, nanotechnology, artificial intelligence) as a promise of mankind‟s progressive improvement, having in its sights the total domination over life on the planet. Through the presentation of the research and discourse of some of transhumanism‟s most prominent theoreticians, this research seeks to demonstrate how the transhumanist philosophy constitutes as morally transcending through the technical overcoming of senses. Furthermore, it also seeks to establish what is the transhumanist philosophy‟s relation with the powers of the State and with cognitive capitalism and what are the ethical dangers of such an association, especially given its projections of infinite and unlimited betterment of the so-called human characteristics (super anthropocentrism with pretensions of immortality. In order to problematise and suggest ways of resisting the transhumanist intent, the works of Gilles Deleuze (1925-1995) and FÃlix Guattari (1930-1992) form the basis of this endeavour. These authors, by offering us a philosophy that affirms a purely inherent mode of thought, provide us with their concepts of self-transformation and of the body without organs, for example; intensive ways of living, of experimenting singularising ethics, that are not limited to the totalising moral of mere extended life promised by the transhumanists. Deleuze and Guattari propose life not as something to be conserved and improved upon at any cost, but a life as a potent existence that resists, that combine with other unique forces of life, not human, not majoritarian (to become animal, become child, become aboriginal), that configurates itself with the outside; a finite and non-evolving minoritarian life, that does not allow itself to be seduced by the salvationist discourse of the end of all suffering and of the perfecting in obedience to the majoritarian power, here represented by transhumanism. === A presente pesquisa busca apresentar a doutrina transhumanista, conceituÃ-la e demonstrar como tal maneira de pensar vem se utilizando do atual desenvolvimento tecnocientÃfico de ponta (tecnologia digital, engenharia genÃtica, nanotecnologia, inteligÃncia artificial) como promessa de aprimoramento progressivo da humanidade, tendo em vista sua mÃxima dominaÃÃo sobre a vida do planeta. AtravÃs da apresentaÃÃo das pesquisas e dos discursos de alguns de seus teÃricos eminentes, procura demonstrar como a filosofia transhumanista se constitui como moral transcendente, pela superaÃÃo tÃcnica do sensÃvel. Investiga ainda qual a sua relaÃÃo com os poderes de Estado e do capitalismo nomeado cognitivo, quais os perigos Ãticos de tal associaÃÃo com suas projeÃÃes de melhoramento infinito e ilimitado das chamadas caracterÃsticas humanas (super antropocentrismo com pretensÃes de imortalidade). De modo a problematizar e sugerir maneiras de resistir ao intento transhumanista, o trabalho se vale, sobretudo, da filosofia de Gilles Deleuze (1925-1995) e de FÃlix Guattari (1930-1992). Os autores, ao oferecerem uma filosofia que afirma um modo de pensar puramente imanente, nos proporcionam com seus conceitos de devir e corpo sem ÃrgÃos, por exemplo, maneiras intensivas de viver, de experimentar Ãticas singularizantes, que nÃo se bastam na moral totalizante da mera vida extensiva prometida pelos transhumanistas. Deleuze e Guattari afirmam a vida nÃo como algo a ser conservado e melhorado a qualquer custo, mas uma vida como existÃncia potente que resiste, que se compÃe com outras forÃas de vida Ãnicas, nÃo humanas, nÃo majoritÃrias (devir-animal, devir-crianÃa, devir-Ãndio), que se configura com o fora, vida minoritÃria finita nÃo evolutiva, que nÃo se deixa seduzir pelos discursos salvacionistas do fim de todo o sofrimento e do aperfeiÃoamento em obediÃncia ao poder majoritÃrio aqui representado pelo transhumanismo.
|