Efeito analgÃsico, antiinflamatÃrio e gastroprotetor dos Ãcidos anacÃrdicos, isolados de anacardium occidentale l., em modelos experimentais
Conselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃgico === Os Ãcidos AnacÃrdicos (AA), isolados do lÃquido da casca da castanha, da planta medicinal Anacardium occidentale (cajueiro, Anacardiaceae) e que possuem propriedades antioxidante, inibidora de lipoxigenase, anti-Helicobacter pylori e...
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Universidade Federal do CearÃ
2010
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Anacardium occidentale Ãlcera gÃstrica Anacardic Acids Anacardium occidentale Pain Measurement Inflammation Gastric Ulcer FARMACOLOGIA Talita Cavalcante Morais Efeito analgÃsico, antiinflamatÃrio e gastroprotetor dos Ãcidos anacÃrdicos, isolados de anacardium occidentale l., em modelos experimentais |
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Conselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃgico === Os Ãcidos AnacÃrdicos (AA), isolados do lÃquido da casca da castanha, da planta medicinal Anacardium occidentale (cajueiro, Anacardiaceae) e que possuem propriedades antioxidante, inibidora de lipoxigenase, anti-Helicobacter pylori e antitumoral foram avaliados e caracterizados farmacologicamente, pela primeira vez, usando modelos animais de nocicepÃÃo (contorÃÃes pelo Ãcido acÃtico, formalina, capsacina e placa quente), inflamaÃÃo (edema de pata pela carragenina e granuloma por pellet de algodÃo) e Ãlcera gÃstrica (etanol e indometacina). Em camundongos, a administraÃÃo oral dos AA (10, 30 e 100 mg/kg) e Ãcido acetilsalicÃlico (250 mg/kg) reduziram significativamente as contorÃÃes abdominais induzidas pelo Ãcido acÃtico em 33, 44, 47 e 70%, respectivamente. Os AA (10, 30 e 100 mg/Kg, v.o.) demonstraram atividade antinociceptiva nas duas fases do teste da formalina, o mesmo efeito sendo observado com a morfina (7,5mg/kg, s.c.). AA demontraram efeito antinociceptivo no modelo da placa quente, mas nÃo no modelo da capsaicina. AA, nas mesmas doses, demonstraram significante atividade antiinflamatÃria, evidenciada pela reduÃÃo no edema de pata induzido pela carragenina e reduÃÃo dos pesos Ãmido e seco dos granulomas de algodÃo. AlÃm disso, observou-se que AA (10, 30 e 100 mg/kg) e misoprostol (50μg/kg) administrados oralmente proporcionaram gastroproteÃÃo contra as ulceraÃÃes gÃstricas induzidas por etanol e indometacina. Nas respectivas doses, as reduÃÃes foram de 25, 64, 83 e 63%, no modelo do etanol, e de 21, 41, 50 e 61%, no modelo da indometacina. No estudo do mecanismo de gastroproteÃÃo, os papÃis de receptores TRPV1, prostaglandinas endÃgenas, Ãxido nÃtrico e canais de potÃssio sensÃveis ao ATP foram analisados. O efeito dos tratamentos sobre os marcadores do estresse oxidativo associado ao etanol, GSH, MDA, catalase, SOD e nÃveis totais de nitrato/nitrito como um Ãndice de NO tambÃm foram medidos no tecido gÃstrico. O efeito dos AA sobre o volume secretÃrio gÃstrico e acidez total foram analisados no modelo de ligadura pilÃrica em ratos. AA proporcionaram gastroproteÃÃo dose dependente contra os danos causados pelo etanol e preveniram as alteraÃÃes induzidas pelo etanol sobre os nÃveis de GSH, MDA, catalase, SOD e nitrato/nitrito. Contudo, AA falharam em modificar a secreÃÃo e acidez total gÃstrica. A gastroproteÃÃo dos AA foi reduzida em animais prÃ-tratados com capsazepina, indometacina, L-NAME e glibenclamida. Os resultados sugerem que os AA exercem gastroproteÃÃo principalmente atravÃs de um mecanismo antioxidante. Outros mecanismos complementares incluindo a ativaÃÃo dos receptores TRPV1, estimulaÃÃo de prostaglandinas endÃgenas e Ãxido nÃtrico e a abertura de canais de potÃssio dependentes de ATP estÃo envolvidos. Esses efeitos combinados podem estar provavelmente acompanhados pelo aumento na microcirculaÃÃo gÃstrica. Os resultados demonstram que os Ãcidos anacÃrdicos, isolados de A. occidentale, possuem atividade antinociceptiva, antiinflamatÃria e gastroprotetora, e que merecem maior avaliaÃÃo futura em modelos animais que simulem doenÃas inflamatÃrias degenerativas agudas e crÃnicas em humanos. === The anacardic acids (AA), isolated from cashew nut-shell liquid of popular medicinal plant Anacardium occidentale (cajueiro, Anacardiaceae) and were shown to possess antioxidant, lipoxygenase inhibitory, anti-Helicobacter pylori and antitumor properties were evaluated and pharmacologically characterized for the first time using the animal models of nociception (acetic acid writhing. formalin, capsaicin, and hot-plate), inflammation (carrageenan paw edema, cotton pellet granuloma), and gastric ulcer (ethanol, indometacin). In mice, orally administered AA (10, 30, and 100 mg/kg) and acetylsalisylic acid (250 mg/kg) significantly reduced the acetic acid-induced abdominal writhes by 33, 44, 47 and 70 %, respectively. AA (10, 30 and 100 mg/Kg, p.o.) significantly reduced the formalin-induced nociception at both first and second phases in a manner similar to morphine (7,5mg/kg, i.p.). AA reduced nociceptive effect in the model of hot-plate, but not in the capsaicin-induced hind-paw nociception. AA, at similar doses were found to have significant anti-inflammatory activity, evidenced by decreases in hind-paw edema in carrageenan model and reductions in both wet and dry weights of granulomas in cotton pellets model. It was further observed that AA (10, 30, and 100 mg/kg, p.o.) and misoprostol (50μg/kg) administered orally afforded gastroprotection against gastric ulcerations evoked by both ethanol and indomethacin. At the repective doses, the reductions were 25; 64; 83 and 63 %, respectively in ethanol model, and 21; 41; 50 e 61 %, respectively, in indomethacin model. In the study of gastroprotective mechanism(s), the roles of TRPV1 channel, endogenous prostaglandins, nitric oxide and ATP-sensitive potassium channels were analysed. Treatments effects on ethanol-associated oxidative stress markers GSH, MDA, catalase, SOD, and total nitrate/nitrite levels as an index of NO were also measured in gastric tissue. Besides, the effects of AA on gastric secretory volume and total acidity were analysed in pylorus-ligated rat. AA afforded a dose-related gastroprotection against the ethanol damage and further prevented the ethanol-induced changes in the levels of GSH, MDA, catalase, SOD and nitrate/nitrite. However, they failed to modify the gastric secretion or the total acidity. It was observed that the gastroprotection by AAs was greatly reduced in animals pretreated with capsazepine, indomethacin, L-NAME or glibenclamide. These results suggest that AAs afford gastroprotection principally through an antioxidant mechanism. Other complementary mechanisms include the activation of TRPV1 channel, stimulation of endogenous prostaglandins and nitric oxide, and opening of K(+)(ATP) channels. These combined effects are likely to be accompanied by an increase in gastric microcirculation. Taken together, these data suggest that anacardic acids from A. occidentale possess anti-inflammatory, antinociceptive and gastroprotective properties that merit further evaluation of these acids in animal models that simulate the acute and or chronic degenerative inflammatory diseases in humans. |
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ndltd-IBICT-oai-www.teses.ufc.br-32652019-01-21T22:34:05Z Efeito analgÃsico, antiinflamatÃrio e gastroprotetor dos Ãcidos anacÃrdicos, isolados de anacardium occidentale l., em modelos experimentais Analgesic, antiinflammatory and gastroprotective effects of anacardic acids isolated from anacardium occidentale l., in experimental models. Talita Cavalcante Morais FlÃvia Almeida Santos Marcellus Henrique Loiola Ponte de Souza Nylane Maria Nunes de Alencar Anacardium occidentale Ãlcera gÃstrica Anacardic Acids Anacardium occidentale Pain Measurement Inflammation Gastric Ulcer FARMACOLOGIA Conselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃgico Os Ãcidos AnacÃrdicos (AA), isolados do lÃquido da casca da castanha, da planta medicinal Anacardium occidentale (cajueiro, Anacardiaceae) e que possuem propriedades antioxidante, inibidora de lipoxigenase, anti-Helicobacter pylori e antitumoral foram avaliados e caracterizados farmacologicamente, pela primeira vez, usando modelos animais de nocicepÃÃo (contorÃÃes pelo Ãcido acÃtico, formalina, capsacina e placa quente), inflamaÃÃo (edema de pata pela carragenina e granuloma por pellet de algodÃo) e Ãlcera gÃstrica (etanol e indometacina). Em camundongos, a administraÃÃo oral dos AA (10, 30 e 100 mg/kg) e Ãcido acetilsalicÃlico (250 mg/kg) reduziram significativamente as contorÃÃes abdominais induzidas pelo Ãcido acÃtico em 33, 44, 47 e 70%, respectivamente. Os AA (10, 30 e 100 mg/Kg, v.o.) demonstraram atividade antinociceptiva nas duas fases do teste da formalina, o mesmo efeito sendo observado com a morfina (7,5mg/kg, s.c.). AA demontraram efeito antinociceptivo no modelo da placa quente, mas nÃo no modelo da capsaicina. AA, nas mesmas doses, demonstraram significante atividade antiinflamatÃria, evidenciada pela reduÃÃo no edema de pata induzido pela carragenina e reduÃÃo dos pesos Ãmido e seco dos granulomas de algodÃo. AlÃm disso, observou-se que AA (10, 30 e 100 mg/kg) e misoprostol (50μg/kg) administrados oralmente proporcionaram gastroproteÃÃo contra as ulceraÃÃes gÃstricas induzidas por etanol e indometacina. Nas respectivas doses, as reduÃÃes foram de 25, 64, 83 e 63%, no modelo do etanol, e de 21, 41, 50 e 61%, no modelo da indometacina. No estudo do mecanismo de gastroproteÃÃo, os papÃis de receptores TRPV1, prostaglandinas endÃgenas, Ãxido nÃtrico e canais de potÃssio sensÃveis ao ATP foram analisados. O efeito dos tratamentos sobre os marcadores do estresse oxidativo associado ao etanol, GSH, MDA, catalase, SOD e nÃveis totais de nitrato/nitrito como um Ãndice de NO tambÃm foram medidos no tecido gÃstrico. O efeito dos AA sobre o volume secretÃrio gÃstrico e acidez total foram analisados no modelo de ligadura pilÃrica em ratos. AA proporcionaram gastroproteÃÃo dose dependente contra os danos causados pelo etanol e preveniram as alteraÃÃes induzidas pelo etanol sobre os nÃveis de GSH, MDA, catalase, SOD e nitrato/nitrito. Contudo, AA falharam em modificar a secreÃÃo e acidez total gÃstrica. A gastroproteÃÃo dos AA foi reduzida em animais prÃ-tratados com capsazepina, indometacina, L-NAME e glibenclamida. Os resultados sugerem que os AA exercem gastroproteÃÃo principalmente atravÃs de um mecanismo antioxidante. Outros mecanismos complementares incluindo a ativaÃÃo dos receptores TRPV1, estimulaÃÃo de prostaglandinas endÃgenas e Ãxido nÃtrico e a abertura de canais de potÃssio dependentes de ATP estÃo envolvidos. Esses efeitos combinados podem estar provavelmente acompanhados pelo aumento na microcirculaÃÃo gÃstrica. Os resultados demonstram que os Ãcidos anacÃrdicos, isolados de A. occidentale, possuem atividade antinociceptiva, antiinflamatÃria e gastroprotetora, e que merecem maior avaliaÃÃo futura em modelos animais que simulem doenÃas inflamatÃrias degenerativas agudas e crÃnicas em humanos. The anacardic acids (AA), isolated from cashew nut-shell liquid of popular medicinal plant Anacardium occidentale (cajueiro, Anacardiaceae) and were shown to possess antioxidant, lipoxygenase inhibitory, anti-Helicobacter pylori and antitumor properties were evaluated and pharmacologically characterized for the first time using the animal models of nociception (acetic acid writhing. formalin, capsaicin, and hot-plate), inflammation (carrageenan paw edema, cotton pellet granuloma), and gastric ulcer (ethanol, indometacin). In mice, orally administered AA (10, 30, and 100 mg/kg) and acetylsalisylic acid (250 mg/kg) significantly reduced the acetic acid-induced abdominal writhes by 33, 44, 47 and 70 %, respectively. AA (10, 30 and 100 mg/Kg, p.o.) significantly reduced the formalin-induced nociception at both first and second phases in a manner similar to morphine (7,5mg/kg, i.p.). AA reduced nociceptive effect in the model of hot-plate, but not in the capsaicin-induced hind-paw nociception. AA, at similar doses were found to have significant anti-inflammatory activity, evidenced by decreases in hind-paw edema in carrageenan model and reductions in both wet and dry weights of granulomas in cotton pellets model. It was further observed that AA (10, 30, and 100 mg/kg, p.o.) and misoprostol (50μg/kg) administered orally afforded gastroprotection against gastric ulcerations evoked by both ethanol and indomethacin. At the repective doses, the reductions were 25; 64; 83 and 63 %, respectively in ethanol model, and 21; 41; 50 e 61 %, respectively, in indomethacin model. In the study of gastroprotective mechanism(s), the roles of TRPV1 channel, endogenous prostaglandins, nitric oxide and ATP-sensitive potassium channels were analysed. Treatments effects on ethanol-associated oxidative stress markers GSH, MDA, catalase, SOD, and total nitrate/nitrite levels as an index of NO were also measured in gastric tissue. Besides, the effects of AA on gastric secretory volume and total acidity were analysed in pylorus-ligated rat. AA afforded a dose-related gastroprotection against the ethanol damage and further prevented the ethanol-induced changes in the levels of GSH, MDA, catalase, SOD and nitrate/nitrite. However, they failed to modify the gastric secretion or the total acidity. It was observed that the gastroprotection by AAs was greatly reduced in animals pretreated with capsazepine, indomethacin, L-NAME or glibenclamide. These results suggest that AAs afford gastroprotection principally through an antioxidant mechanism. Other complementary mechanisms include the activation of TRPV1 channel, stimulation of endogenous prostaglandins and nitric oxide, and opening of K(+)(ATP) channels. These combined effects are likely to be accompanied by an increase in gastric microcirculation. Taken together, these data suggest that anacardic acids from A. occidentale possess anti-inflammatory, antinociceptive and gastroprotective properties that merit further evaluation of these acids in animal models that simulate the acute and or chronic degenerative inflammatory diseases in humans. 2010-01-05 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=4206 por info:eu-repo/semantics/openAccess application/pdf Universidade Federal do Cearà Programa de PÃs-GraduaÃÃo em Farmacologia UFC BR reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC instname:Universidade Federal do Ceará instacron:UFC |