Modos de acolher: A humanizaÃÃo em foco na atenÃÃo bÃsica de saÃde

A PolÃtica Nacional de HumanizaÃÃo (PNH) apresenta-se, hoje, como proposta transversal a todos as outras polÃticas e programas do Sistema Ãnico de SaÃde. Para tanto propÃe dispositivos e princÃpios que buscam potencializar e valorizar mudanÃas nas prÃticas cotidianas de saÃde. Desse modo, a AtenÃÃo...

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Bibliographic Details
Main Author: Shirley Cristianne Ramalho Bueno de Faria
Other Authors: Maria Vaudelice Mota
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal do Cearà 2013
Subjects:
Online Access:http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=10695
Description
Summary:A PolÃtica Nacional de HumanizaÃÃo (PNH) apresenta-se, hoje, como proposta transversal a todos as outras polÃticas e programas do Sistema Ãnico de SaÃde. Para tanto propÃe dispositivos e princÃpios que buscam potencializar e valorizar mudanÃas nas prÃticas cotidianas de saÃde. Desse modo, a AtenÃÃo BÃsica, no contexto da EstratÃgia SaÃde da FamÃlia (ESF), torna-se um âlÃcusâ privilegiado de construÃÃo de mudanÃas, pois possibilita espaÃos democrÃticos, Ãticos e polÃticos de produÃÃo de autonomia e corresponsabilidade. Neste sentido, pensando na PNH como produtora de prÃtica facilitadora e construtora de cidadania, optou-se por destacar neste trabalho o acolhimento, entendendo-o como uma das diretrizes de maior relevÃncia desta polÃtica, pois, ela prÃpria apresenta carÃter transversal, perpassando por todas as demais propostas de mudanÃas no processo de trabalho e gestÃo. Trata-se, portanto, de uma investigaÃÃo norteada pela abordagem qualitativa, uma vez que se situou no Ãmbito das relaÃÃes, imbuÃdas de singularidades e reflexÃes sobre o processo de trabalho em saÃde. Utilizando-se das tÃcnicas de entrevista e observaÃÃo o trabalho, realizado em uma Unidade BÃsica de SaÃde da FamÃlia, na Secretaria Executiva Regional V, Fortaleza-Ce, abordou 24 profissionais, de cinco equipes que compÃem a ESF desta unidade, ressaltando que a categoria Agente ComunitÃrio de SaÃde contou com um representante de cada equipe. Apesar de buscar caracterizar a prÃtica do acolhimento, o trabalho tomou relevÃncia no seu significado, nos contextos que dificultam tal prÃtica e nos fatores identificados, pelos profissionais, como positivos para o desempenho de suas funÃÃes. Concluiu-se, portanto, apÃs anÃlise minunciosa das falas dos entrevistados, que culminou com trÃs grandes temas: conhecimento e significaÃÃo de acolhimento para os profissionais da ESF, fatores dificultadores para o acolhimento em uma Unidade BÃsica de SaÃde da FamÃlia e os fatores positivios em relaÃÃo ao processo de trabalho nesta unidade, que o acolhimento à essencial à prÃtica do serviÃo em saÃde, sendo entendido por estes profissionais como um primeiro contato; recÃproco, receptivo, pautado na escuta, no diÃlogo e no atendimento Ãs necessidades de trabalhadores e usuÃrios, tendo como princÃpio a organizaÃÃo do serviÃo e que o processo de construÃÃo da PolÃtica Nacional de HumanizaÃÃo encontra-se em seu ponto inicial, necessitando, pois, ser resgatada e reconhecida como propulsora do Sistema Ãnico de SaÃde e articuladora de uma prÃtica que provoque mudanÃas significativas dos serviÃos de saÃde, de modo sistemÃtico e permanente.