Perfil clÃnico e epidemiolÃgico de pacientes idosos com doenÃa de chagas atendidos no serviÃo de atenÃÃo farmacÃutica, entre 2005 a 2013, no CearÃ

CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior === As the control of the vectorial and transfusional transmissions of Chagas disease (CD) progressed, cases of young people with the infection have become rare, causing a rise in the average age of patients, leading to the emergence of an...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: LaÃse dos Santos Pereira
Other Authors: Josà Ajax Nogueira Queiroz
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal do Cearà 2014
Subjects:
Online Access:http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=11623
Description
Summary:CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior === As the control of the vectorial and transfusional transmissions of Chagas disease (CD) progressed, cases of young people with the infection have become rare, causing a rise in the average age of patients, leading to the emergence of an elderly population with the chronic infection. Thus, the challenge of providing assistance to this group of patients that are in this unfavorable condition remains to the Public Health System. In this context, the present study aimed to characterize the clinical and epidemiological profile of elderly patients with CD followed at the Pharmaceutical Care Service of the Chagas Disease Research Laboratory of the Federal University of Cearà (LPDC / UFC). This was a descriptive cross-sectional survey, in which the information related to demographic, socioeconomic, medication use, comorbidities associated with CD and habits of life of all patients aged ≥ 60 years followed at the Service between 2005-2013 were evaluated. To characterize the clinical form of CD, the medical records of patients were provided by the Walter CantÃdio University Hospital (HUWC). From 411 patients followed at the Service in the period of the study, 97 (23.6%) were elderly. The percentage distribution of elderly in relation to the total number of patients registered in the Service increased significantly (p = 0.003) from 12.9% between July/2005-June/2009 to 29.0% between July/2009-June/2013. The profile of the studied population was: women (50.5%); mean age of 66,9Â6,5 years; retired (54.6%); family income of 1 minimum wage (51.5%); incomplete primary education (49.5%) and illiterate (40.2%); coming from the Low Jaguaribe Microrregion (62.9%). The predominant clinical form was the cardiac (65.3%) and 13.7% of patients presented cardiac form associated with digestive form, mainly megacolon. The major electrocardiographic changes found were: right bundle branch block (RBBB) (41.0%), anterosuperior left bundle branch block (ASDB) (27.4%), changes in ventricular repolarization (CRV) (16.8%) and ventricular extrasystole (VES) (13.9%). Eighty four patients (86.6%) reported at least one disease associated with the CD, with a mean of 2.23  1.54 comorbidities per patient. The most frequent were: systemic arterial hypertension (SAH) (67%), dyslipidemia (32.0%), dyspepsia (16.5%) and diabetes mellitus (14.4%). A positive correlation was found between the variables sex and comorbidity. The SAH was found as a risk factor for the development of Chagas heart disease (OR = 4.125, CI = 1.47-11.56). It was observed in the present study that the growth of the elderly population with CD is a reality. Therefore, it is concluded that this vulnerable group of patients associate the aging process with cardiac and/or digestive changes that result from evolution of the CD, as well as with other comorbidities, which requires special attention from health services to more appropriate medical and social care. === Progressos no controle da transmissÃo vetorial e transfusional da DoenÃa de Chagas (DC) tornaram raros os casos de jovens portadores da infecÃÃo, determinando uma elevaÃÃo na mÃdia de idade dos doentes, levando ao crescente surgimento de uma populaÃÃo idosa portadora da infecÃÃo crÃnica. Resta, portanto, ao Sistema PÃblico de SaÃde o desafio de prestar assistÃncia a esse grupo de pacientes que envelhecem nessa condiÃÃo desfavorÃvel. Neste contexto, o presente estudo teve como objetivo caracterizar o perfil clÃnico e epidemiolÃgico de pacientes idosos com DC atendidos no ServiÃo de AtenÃÃo FarmacÃutica do LaboratÃrio de Pesquisa em DC da Universidade Federal do Cearà (LPDC/UFC). Tratou-se de uma pesquisa descritiva e transversal, onde foram avaliadas as informaÃÃes relacionadas a dados demogrÃficos, socioeconÃmicos, uso de medicamentos, comorbidades associadas à DC e hÃbitos de vida de todos os pacientes com idade ≥ 60 anos cadastrados no ServiÃo entre 2005 a 2013. Para caracterizar a forma clÃnica da DC, os prontuÃrios mÃdicos dos pacientes, disponibilizados pelo Hospital UniversitÃrio Walter CantÃdeo (HUWC), foram analisados. Do total de 411 pacientes matriculados no ServiÃo no perÃodo de estudo, 97 (23,6%) eram idosos. A distribuiÃÃo percentual de idosos em relaÃÃo ao total de pacientes cadastrados no ServiÃo aumentou signifivativamente (p=0,003), passando de 12,9% entre julho/2005 a junho/2009 para 29,0% entre julho/2009 a junho/2013. O perfil da populaÃÃo estudada foi: mulheres (50,5%); mÃdia de idade de 66,9Â6,5 anos; aposentados (54,6%); renda familiar de 1 salÃrio mÃnimo (51,5%); nÃvel de escolaridade fundamental incompleto (49,5%) e analfabetos (40,2%); provenientes da MicrorregiÃo do Baixo Jaguaribe (62,9%). A forma clÃnica predominante da DC foi a cardÃaca (65,3%) e 13,7% dos pacientes apresentaram a forma cardÃaca associada à digestiva, principalmente o megacÃlon. As principais alteraÃÃes eletrocardiogrÃficas encontradas foram: Bloqueio de ramo direito (BRD) (41,0%), Bloqueio divisional Ãntero-superior esquerdo (BDAS) (27,4%), alteraÃÃo da repolarizaÃÃo ventricular (ARV) (16,8%) e extra-sÃstole ventricular (ESV) (13,9%). Oitenta e quatro pacientes (86,6%) relataram pelo menos uma doenÃa concomitante à DC, com uma mÃdia de 2,23Â1,54 comorbidades por paciente. As mais frequentes foram: HipertensÃo arterial sistÃmica (HAS) (67%), dislipidemia (32,0%), dispepsia (16,5%) e diabetes mellitus (14,4%). Uma correlaÃÃo positiva foi verificada entre a variÃvel sexo e comorbidade. A HAS foi encontrada como um fator de risco para o desenvolvimento da cardiopatia chagÃsica (OR=4,12; IC= 1,47-11,56). PÃde-se observar atravÃs do presente estudo que o crescimento da populaÃÃo chagÃsica idosa à uma realidade. Conclui-se, portanto, que esse grupo vulnerÃvel de pacientes associa o processo de envelhecimento com as alteraÃÃes cardÃacas e/ou digestivas resultantes da evoluÃÃo da DC, bem como outras comorbidades, o que exige atenÃÃo especial dos serviÃos de saÃde que os assistem para um atendimento mÃdico e social mais adequado.