AvaliaÃÃo da acuidade visual para perto das pessoas que preparam doses de insulina

Existem estudos que apontam os erros da tÃcnica de preparo de insulina, sem, contudo, identificar o perfil da acuidade visual para perto de quem a prepara e, consequentemente, sem estabelecer relaÃÃo da acuidade visual diminuÃda para perto com o controle glicÃmico, no qual a descompensaÃÃo pode ser...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Gerdane Celene Nunes Carvalho
Other Authors: Marta Maria Coelho Damasceno
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal do Cearà 2015
Subjects:
Online Access:http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=14478
Description
Summary:Existem estudos que apontam os erros da tÃcnica de preparo de insulina, sem, contudo, identificar o perfil da acuidade visual para perto de quem a prepara e, consequentemente, sem estabelecer relaÃÃo da acuidade visual diminuÃda para perto com o controle glicÃmico, no qual a descompensaÃÃo pode ser consequÃncia advinda dos erros no preparo das doses. Objetivou-se avaliar a acuidade visual para perto das pessoas que preparam doses de insulina no domicÃlio. Trata-se de um estudo exploratÃrio, observacional e transversal, realizado de setembro/2013 a abril/2015 em vinte EstratÃgias de SaÃde da FamÃlia da zona urbana de Picos-PI. Compuseram a amostra 100 diabÃticos tipo 1 e 2 insulinodependente, sendo a pessoa responsÃvel pelo preparo de insulina o prÃprio diabÃtico ou outra pessoa. Para a coleta, realizada de dezembro/2014 a janeiro/2015, foram agendadas visitas e aplicado formulÃrio com variÃveis socioeconÃmicas e clÃnicas, avaliaÃÃo da acuidade visual para perto das pessoas que preparam doses de insulina com o cartÃo de Jaeger, coleta de sangue para dosagem da hemoglobina glicada e punÃÃo digital para realizaÃÃo da glicemia capilar dos diabÃticos. Para a anÃlise dos dados utilizou-se o Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versÃo 19.0. Para as anÃlises inferenciais de comparaÃÃo de mÃdia foi utilizado o teste de Kruskal-Wallis. As variÃveis qualitativas foram mensuradas pelo teste exato de Fischer. O projeto foi submetido ao Comità de Ãtica em Pesquisa com Seres Humanos do Centro de CiÃncias da SaÃde da Universidade Estadual do Piauà e aprovado sob o protocolo n 901.145. Os resultados evidenciaram que a mÃdia de idade dos diabÃticos foi de 59 anos, a prevalÃncia de 52% do sexo masculino, 20% com o ensino fundamental incompleto, e 27% pertencentes à classe C2. Dos diabÃticos, 35% dependiam de terceiros para o preparo das doses de insulina, sendo 80% dos responsÃveis do sexo feminino, com uma mÃdia de 45 anos, e 31,4% possuÃam o ensino mÃdio completo. Quanto Ãs variÃveis clÃnicas dos diabÃticos, 34% tinham de 11 a 20 anos de diagnÃstico, 84% possuÃam o diabetes tipo 2, 73% e 86% tiveram a glicemia capilar e hemoglobina glicada elevadas, respectivamente. Na avaliaÃÃo da acuidade visual para perto, 27% enxergaram no nÃvel de J1, 40% no J2, 16% no J3, 7% no J4, 2% no J5, 3% no J6, e 5% nÃo enxergaram nenhum ponto no cartÃo de Jaeger, 33% apresentaram acuidade visual para perto diminuÃda, sendo a prevalÃncia de 40% nos diabÃticos e 20% nas outras pessoas responsÃveis pelo preparo, apresentando associaÃÃo significativa com idade e classe econÃmica. Tendo em vista o descontrole glicÃmico dos diabÃticos, o estudo aponta a necessidade de intensificar o acompanhamento pela EstratÃgia de SaÃde da FamÃlia. Quanto à acuidade visual, faz-se imperativa a realizaÃÃo de triagem oftalmolÃgica na atenÃÃo primÃria das pessoas que preparam insulina, bem como o acompanhamento na referÃncia com o profissional especializado. Desse modo, usuÃrios, profissionais de saÃde e gestores devem fortalecer a corresponsabilizaÃÃo, assumindo seu papel no atual paradigma de saÃde para a minimizaÃÃo dos problemas identificados.