O consumo da linguagem: um estudo psicanalítico

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior === O presente trabalho visa trazer algumas questões que concernem à relação entre a linguagem e o consumo. Para tal fim, partese das contribuições da psicanálise sobre o tema da linguagem, que, ao contrário da indústria da comunicação, a q...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Patricia Palombini de Alencar
Other Authors: Heloisa Fernandes Caldas Ribeiro
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade do Estado do Rio de Janeiro 2010
Subjects:
Online Access:http://www.bdtd.uerj.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=4567
Description
Summary:Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior === O presente trabalho visa trazer algumas questões que concernem à relação entre a linguagem e o consumo. Para tal fim, partese das contribuições da psicanálise sobre o tema da linguagem, que, ao contrário da indústria da comunicação, a qual difunde que tudo pode ser dito, presume a existência de limites para a significação, indicandonos o impossível de se representar. Assim, a aparição do nonsense, do absurdo, do estranho, para a teoria psicanalítica, denuncia a impossibilidade da linguagem de circunscrever tudo, indicandonos a presença do real. Ao se levar em conta as contribuições de diferentes pensadores, dentre filósofos, sociólogos e psicanalistas, no que se refere à temática do consumo, perguntase sobre o lugar reservado a mensagens nonsense nos meios de comunicação. Partese da suspeita de que o lugar reservado a elas na publicidade não é o mesmo lugar destinado a elas na teoria psicanalítica. Deste modo, conceitos e concepções como objeto da psicanálise, mentira, chiste e real serão abordados com o intuito de entendermos as contribuições psicanalíticas ao estudo do tema da linguagem e de suas práticas, sempre tomando como elemento central as emissões próprias do consumo. === This study is aimed to carry out some considerations about how language and consumption relate to each other. In order to do so, we will start with the contribution of psychoanalysis to language, which, as opposed to the communication industry that diffuses everything can be said assumes that there are limits to signifying, pointing to what is impossible to represent. Therefore, the emergence of nonsense, absurd and strange to psychoanalysts shows the impossibility of the language to enfold everything, pointing to the presence of the real. When taking into account the contributions made by different professionals, among which philosophers, sociologists and psychoanalysts on the subject of consumption, we ask what is the place for nonsense messages in mass media. We suspect the place reserved to them in publicity is not the same place they have in psychoanalytical theory. Therefore, we will discuss concepts and conceptions as psychoanalysis objects, jokes and the real, trying to understand psychoanalytical contributions to the study of language and its practice, always putting in the center of the discussion, what emerges from consumption.