O misturado sertão-mundo e as facetas femininas em Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa

O Topos e o Utopos perpassam toda a escritura de Guimarães Rosa, que exprime o sentido de nossa contemporaneidade. Mas é em Grande Sertão: Veredas que se materializa uma espécie de "redundância-elíptica". E no tocante ao personagem Diadorim, faz-se atualizada a possibilidade efetiva de um...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Ana Paula Morse Lobo
Other Authors: Fátima Cristina Dias Rocha
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade do Estado do Rio de Janeiro 2008
Subjects:
Online Access:http://www.bdtd.uerj.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=690
Description
Summary:O Topos e o Utopos perpassam toda a escritura de Guimarães Rosa, que exprime o sentido de nossa contemporaneidade. Mas é em Grande Sertão: Veredas que se materializa uma espécie de "redundância-elíptica". E no tocante ao personagem Diadorim, faz-se atualizada a possibilidade efetiva de um HETEROTOPOS que se materializa na multiplicidade de suas contrastantes características, dentre elas a androgenia que se dialetiza com o METATOPOS na luta pelas encruzilhadas do Ser em pleno Sertão-Mundo. Nesse contexto, sua linguagem torna-se singularmente universal ao subverter o léxico dominante e explorar as possibilidades de uma etnografia de e para além do sertanejo. É nessa outra-ordem, nessa dicotomia deslocada que estruturaremos a subversão teórica do nosso trabalho. O encantamento sofrido pelo leitor cede à impactante e dúbia sedução desta donzela-guerreira, e leva-nos por estas e outras veredas a ocupar o TOPOS, a esta altura absoluto e enfeitiçado === El Topos y el Utopos prepasan toda la escritura de Guimarães Rosa, que exprime el sentido de nuestra contemporaneidad. Pero es en el Grande Sertão: Veredas que se materializa una especie de redundância-epilítica. Y en lo que toca al personaje Diadorim, se hace actualizada la posibilidad efectiva de un HETEROTOPOS que se materializa en la multiplicidad de sus contrastantes características, entre ellas la andrógena que se dialetiza con el METATOPOS en la lucha por los cruces del Ser en pleno Sertão-Mundo. En este contexto, su lenguaje se torna singularmente universal al subvertir el léxico dominante y explorar las posibilidades de una etnografía de y además del sertanejo. Es en esta outra-ordem, en esta dicotomía desubicada que estructuraremos a subversión teórica de nuestro trabajo. El encantamento sufrido por el lector cede a la impactante y dúbia seducción de esta doncella-guerrera y nos lleva por estas y otras veredas a ocupar el TOPOS, a esta altura absoluto y hechizado