[pt] UMA FORÇA ESTRANHA QUE ME LEVA A CANTAR: A CLÍNICA DA PSICOSE ENTREMEADA POR CANÇÕES: UM ESTUDO ENTRE PSICANÁLISE, MÚSICA E MUSICOTERAPIA

[pt] As interlocuções entre os campos da psicanálise, da música e da musicoterapia são pensadas a partir do uso da canção como recurso clínico para o manejo à psicose. Destaca-se a canção como imbricação de texto, arranjo e voz, o que leva-nos a tratar da voz na psicanálise lacaniana: voz enquanto o...

Full description

Bibliographic Details
Other Authors: MARCUS ANDRE VIEIRA
Language:pt
Published: MAXWELL 2021
Subjects:
Online Access:https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/Busca_etds.php?strSecao=resultado&nrSeq=51250@1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/Busca_etds.php?strSecao=resultado&nrSeq=51250@3
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.51250
Description
Summary:[pt] As interlocuções entre os campos da psicanálise, da música e da musicoterapia são pensadas a partir do uso da canção como recurso clínico para o manejo à psicose. Destaca-se a canção como imbricação de texto, arranjo e voz, o que leva-nos a tratar da voz na psicanálise lacaniana: voz enquanto objeto a, presença vocal do Outro. Pensa-se a canção em algumas vias: na materialidade do significante, como recurso ao discurso do psicótico; na possibilidade de emprestar-se como enquadramento diante do mar vocal de Outro com o qual o psicótico se encontra; e, por fim, a canção como o que pode operar sobre alguma reordenação pulsional: reverberações da canção que fazem um corpo, literalidade de um canto que escreve, para o psicótico, uma existência. === [fr] Les interlocutions entre les champs de la psychanalyse, de la musique et de la musicothérapie sont pensées à partir de l utilisation de la chanson comme ressource clinique pour la manipulation de la psycose. On distingue la chanson comme imbrication de texte, arrangement et voix, ce qui nous amène à traiter la voix dans la psychanalyse lacanienne: voix en tant qu objet a, présence vocale de l Autre. On pense la chanson dans certains sens: dans la matérialité du signifiant, comme la ressource au discours du psychotique; dans la possibilité de se prêter comme cadre devant la mer vocale de l Autre avec laquelle se trouve le psychotique; et, enfin, la chanson comme celle qui peut agir sur une certaine réorganisation pulsionnelle: réverbérations de la chanson qui font un corps, littéralité d un chant qui écrit, pour le psychotique, une existence.