| Summary: | São inúmeros os estudos que analisam as relações entre práticas parentais e odesempenho académico das crianças (por exemplo Wilder, 2014; Pinquart, 2015). Noentanto, cada vez mais, é salientado o papel de comportamentos como a independência,a responsabilidade, a autorregulação, a cooperação no sucesso académico e na realizaçãoescolar. Porém, a investigação que se centra na análise da relação entre práticas parentaise comportamentos de aprendizagem em sala de aula é escassa.Este estudo pretende, assim, contribuir para analisar as associações entrequalidade da relação pais-filhos e os comportamentos de aprendizagem em sala de aula.Participaram no estudo 109 crianças, os respetivos pais (89 pais e 90 mães) e professores(n= 48). As crianças frequentavam os 1º, 2º e 3º anos de escolaridade em escolas na zonametropolitana do Porto. Para avaliar as relações pais-filhos foram utilizadas três escalasdo Parenting Relationship Questionnaire (Kamphaus & Reynolds, 2006), nomeadamenteas escalas de vinculação, envolvimento e frustração. Estas foram respondidasindividualmente pelo pai e pela mãe. Foi também utilizada a escala de Comportamentosde Aprendizagem em Sala de aula (C.A.S.), que faz parte das Cooper-Farran BehavioralRating Scales (Cooper & Farran, 1991), em que o professor avalia os comportamentos deaprendizagem da criança em sala de aula. Questionários sociodemográficos foramentregues aos pais e aos professores titulares de turma. Os resultados revelaram querelações de vinculação mais fortes com a figura materna estão associadas acomportamentos de aprendizagem em sala de aula mais adequados. Revelaram, ainda,que quanto menor a frustração, relatada tanto pelo pai como pela mãe, tanto maisadequados os comportamentos de aprendizagem manifestados em sala de aula pelacriança.
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