Síndromes de choque tóxico

Introdução: O SCT estafilocócico foi nomeado, pela primeira vez, em 1978 e associado, dois anos depois, ao uso de tampões vaginais. Em 1987 foi descrito o SCT estreptocócico em doentes com infeções invasivas por Streptococcus pyogenes. Esta revisão teve como objetivo a compilação de informação para...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Diogo Carvalho Pereira de Sá
Other Authors: Faculdade de Medicina
Format: Others
Language:Portuguese
Published: 2019
Subjects:
Online Access:https://repositorio-aberto.up.pt/handle/10216/114327
id ndltd-up.pt-oai-repositorio-aberto.up.pt-10216-114327
record_format oai_dc
collection NDLTD
language Portuguese
format Others
sources NDLTD
topic Medicina clínica
Clinical medicine
Ciências médicas e da saúde::Medicina clínica
Medical and Health sciences::Clinical medicine
spellingShingle Medicina clínica
Clinical medicine
Ciências médicas e da saúde::Medicina clínica
Medical and Health sciences::Clinical medicine
Diogo Carvalho Pereira de Sá
Síndromes de choque tóxico
description Introdução: O SCT estafilocócico foi nomeado, pela primeira vez, em 1978 e associado, dois anos depois, ao uso de tampões vaginais. Em 1987 foi descrito o SCT estreptocócico em doentes com infeções invasivas por Streptococcus pyogenes. Esta revisão teve como objetivo a compilação de informação para apoio à prática clínica.Métodos: Foi feita uma pesquisa na Pubmed, utilizando as palavras-chave abaixo mencionadas. Dos artigos selecionados foram incluídos outros artigos pela revisão das referências. Foram ainda pesquisados sítios da internet relevantes ao tema.Resultados: A incidência de SCT estafilocócico diminuiu desde a década de 80, sendo a taxa de mortalidade superior quando associado à menstruação. O SCT estreptocócico, apesar de menos frequente, tem uma importante taxa de mortalidade. Estes síndromes são causados pela libertação de superantigénios que ativam excessivamente e não convencionalmente as células T, levando a uma grande libertação de citocinas inflamatórias. A progressão para disfunção multiorgânica pode ser rápida e acompanhada de hipotensão, rash, febre e descamação cutânea. O tratamento passa pela identificação de potenciais focos de infeção e a sua eventual remoção, por medidas intensivas de suporte, antibioterapia empírica de largo espetro com a inclusão da clindamicina, podendo o doente beneficiar da administração de imunoglobulina intravenosa.Discussão: É essencial a continuação da investigação nesta área, particularmente, quanto ao tratamento. Os estudos futuros poderão passar pela exploração do potencial terapêutico dos anticorpos monoclonais e proteínas Vβ.Conclusão: O diagnóstico e o tratamento adequados e atempados do SCT são os pontos fulcrais para a diminuição da elevada morbimortalidade deste síndrome.Palavras-chave: Toxic shock syndrome; Septic shock; Superantigens; Staphylococcus aureus; Streptococcus pyogenes. === Background: The staphylococcal TSS was first named in 1978 and it was associated two years later to the use of vaginal tampons. In 1987, the streptococcal TSS was described in patients who had invasive Streptococcus pyogenes infections. The ultimate goal of this review was, through the gathering of information, to aid clinicians in their practice.Methods: A Pubmed search was conducted using the hereunder keywords. Other articles were added through the review of the selected articles' references. Relevant websites were also included.Results: Since the 80s the incidence of staphylococcal TSS has declined with the mortality rate being higher in menstrual TSS. Although being less frequent, the streptococcal TSS has a higher mortality rate. This syndromes are caused by the production of superantigens that over activate in a non-conventional way the T-cells, with a massive release of inflammatory cytokines. The progression to multiple organ dysfunction can happen fast with other symptoms such as hypotension, rash, fever and cutaneous desquamation. The treatment comprises the identification of possible sources of infection and their removal, intensive care support, broad-spectrum antibiotics including clindamycin and the patient can also benefit from the administration of intravenous immunoglobulin. Discussion: It is essential to continue the research in this area with focus on the treatment. Future studies can explore the therapeutic potential of monoclonal antibodies and Vβ proteins.Conclusion: Proper timing and adequacy of diagnosis and treatment of TSS are of paramount importance to reduce the high levels of morbidity and mortality of this syndrome. Keywords: Toxic shock syndrome; Septic shock; Superantigens; Staphylococcus aureus; Streptococcus pyogenes.
author2 Faculdade de Medicina
author_facet Faculdade de Medicina
Diogo Carvalho Pereira de Sá
author Diogo Carvalho Pereira de Sá
author_sort Diogo Carvalho Pereira de Sá
title Síndromes de choque tóxico
title_short Síndromes de choque tóxico
title_full Síndromes de choque tóxico
title_fullStr Síndromes de choque tóxico
title_full_unstemmed Síndromes de choque tóxico
title_sort síndromes de choque tóxico
publishDate 2019
url https://repositorio-aberto.up.pt/handle/10216/114327
work_keys_str_mv AT diogocarvalhopereiradesa sindromesdechoquetoxico
_version_ 1719205658690060288
spelling ndltd-up.pt-oai-repositorio-aberto.up.pt-10216-1143272019-06-14T04:23:19Z Síndromes de choque tóxico Diogo Carvalho Pereira de Sá Faculdade de Medicina Medicina clínica Clinical medicine Ciências médicas e da saúde::Medicina clínica Medical and Health sciences::Clinical medicine Introdução: O SCT estafilocócico foi nomeado, pela primeira vez, em 1978 e associado, dois anos depois, ao uso de tampões vaginais. Em 1987 foi descrito o SCT estreptocócico em doentes com infeções invasivas por Streptococcus pyogenes. Esta revisão teve como objetivo a compilação de informação para apoio à prática clínica.Métodos: Foi feita uma pesquisa na Pubmed, utilizando as palavras-chave abaixo mencionadas. Dos artigos selecionados foram incluídos outros artigos pela revisão das referências. Foram ainda pesquisados sítios da internet relevantes ao tema.Resultados: A incidência de SCT estafilocócico diminuiu desde a década de 80, sendo a taxa de mortalidade superior quando associado à menstruação. O SCT estreptocócico, apesar de menos frequente, tem uma importante taxa de mortalidade. Estes síndromes são causados pela libertação de superantigénios que ativam excessivamente e não convencionalmente as células T, levando a uma grande libertação de citocinas inflamatórias. A progressão para disfunção multiorgânica pode ser rápida e acompanhada de hipotensão, rash, febre e descamação cutânea. O tratamento passa pela identificação de potenciais focos de infeção e a sua eventual remoção, por medidas intensivas de suporte, antibioterapia empírica de largo espetro com a inclusão da clindamicina, podendo o doente beneficiar da administração de imunoglobulina intravenosa.Discussão: É essencial a continuação da investigação nesta área, particularmente, quanto ao tratamento. Os estudos futuros poderão passar pela exploração do potencial terapêutico dos anticorpos monoclonais e proteínas Vβ.Conclusão: O diagnóstico e o tratamento adequados e atempados do SCT são os pontos fulcrais para a diminuição da elevada morbimortalidade deste síndrome.Palavras-chave: Toxic shock syndrome; Septic shock; Superantigens; Staphylococcus aureus; Streptococcus pyogenes. Background: The staphylococcal TSS was first named in 1978 and it was associated two years later to the use of vaginal tampons. In 1987, the streptococcal TSS was described in patients who had invasive Streptococcus pyogenes infections. The ultimate goal of this review was, through the gathering of information, to aid clinicians in their practice.Methods: A Pubmed search was conducted using the hereunder keywords. Other articles were added through the review of the selected articles' references. Relevant websites were also included.Results: Since the 80s the incidence of staphylococcal TSS has declined with the mortality rate being higher in menstrual TSS. Although being less frequent, the streptococcal TSS has a higher mortality rate. This syndromes are caused by the production of superantigens that over activate in a non-conventional way the T-cells, with a massive release of inflammatory cytokines. The progression to multiple organ dysfunction can happen fast with other symptoms such as hypotension, rash, fever and cutaneous desquamation. The treatment comprises the identification of possible sources of infection and their removal, intensive care support, broad-spectrum antibiotics including clindamycin and the patient can also benefit from the administration of intravenous immunoglobulin. Discussion: It is essential to continue the research in this area with focus on the treatment. Future studies can explore the therapeutic potential of monoclonal antibodies and Vβ proteins.Conclusion: Proper timing and adequacy of diagnosis and treatment of TSS are of paramount importance to reduce the high levels of morbidity and mortality of this syndrome. Keywords: Toxic shock syndrome; Septic shock; Superantigens; Staphylococcus aureus; Streptococcus pyogenes. 2019-02-02T05:40:22Z 2019-02-02T05:40:22Z 2018-07-31 2018-03-22 Dissertação sigarra:278745 https://repositorio-aberto.up.pt/handle/10216/114327 por openAccess https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/ application/pdf