Stress among Portuguese medical students: A national cross-sectional study
Introdução: O curso de Medicina é extremamente enriquecedor. No entanto, os desafios e exigências inerentes podem afetar a saúde mental dos estudantes. O stress leva a uma diminuição da qualidade de vida, do desempenho académico e, em última instância, da qualidade da prática clínica futura. Objetiv...
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2021
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ndltd-up.pt-oai-repositorio-aberto.up.pt-10216-1286922021-02-10T05:28:52Z Stress among Portuguese medical students: A national cross-sectional study Maria João Sá Trovão Oura Faculdade de Medicina Medicina clínica Clinical medicine Ciências médicas e da saúde::Medicina clínica Medical and Health sciences::Clinical medicine Introdução: O curso de Medicina é extremamente enriquecedor. No entanto, os desafios e exigências inerentes podem afetar a saúde mental dos estudantes. O stress leva a uma diminuição da qualidade de vida, do desempenho académico e, em última instância, da qualidade da prática clínica futura. Objetivo: Caracterizar os níveis de stress presentes nos estudantes a frequentar o sexto ano nas Faculdades de Medicina em Portugal. Métodos: Neste estudo transversal foram envolvidos os estudantes do sexto ano de todas as Faculdades de Medicina Portuguesas. Foi aplicado um questionário online, que incluiu uma escala para avaliar os níveis de stress (Perceived Stress Scale, PSS) e uma avaliação de variáveis sociodemográficas. Através de regressão logística, foi estimado o peso de cada determinante estudado nos níveis de stress. Resultados: Um total de 501 respostas foram incluídas para análise (69.5% feminino), tendo os respondedores uma idade média de 24 anos. Foram encontrados níveis significativos de stress em 49.9% (95%CI: 45.5-54.3%), com 20.8% do total de estudantes a apresentar níveis extremamente elevados, independentemente da idade, género e faculdade. Os estudantes apresentam mais stress quando possuem maus hábitos de sono, alimentação e gestão do tempo, insatisfação com a vida académica ou social, e menor apoio familiar. Para além disso, estes têm também maiores preocupações com o seu futuro e apresentam uma pior perceção relativamente à sua Prova Nacional de Acesso. Conclusão: O stress é relativamente comum nos estudantes de Medicina, estando bastante associado a determinantes sociais e não unicamente à complexidade intrínseca do curso. Conclui-se que é fundamental instituir medidas de coping e apoio aos estudantes, de forma a contribuir para a sua saúde atual e futura. Introduction: The medical course is extremely stimulating but also demanding, and it can interfere with students' mental health. Stress leads to lower life quality, academic performance and ultimately to a lower quality of patient care delivered. Objective: To characterize stress levels of sixth-year medical students who attend Portuguese colleges. Methodology: This observational cross-sectional study involved Portuguese medical students attending the sixth year of all Portuguese faculties. We applied an online self-response questionnaire, including the 10 items Perceived Stress Scale (PSS) to assess stress levels, and sociodemographic variables. Logistic regression was used to estimate the weight of the studied determinants on stress levels. Results: A total of 501 participants were included for analysis (69.5% females), with a median age of 24 years old. We found significant levels of stress in 49.9% (95%CI: 45.5-54.3%), with 20.8% of total students presenting extremely high levels, irrespective of age, gender and faculty. Stress was higher when students presented bad sleeping and eating habits, lack of ability to manage time, unsatisfaction with social life and academic experience, and low family support. Also, these students are more worried about their future and present a higher degree of concern about their graduation test performance. Conclusion: Stress is very common in medical students, concerning social determinants as well as the intrinsic complexity of the course. Coping strategies are crucial to make students deal with stress and be healthier, currently and in the future. 2021-02-08T03:43:49Z 2021-02-08T03:43:49Z 2020-05-20 2020-04-23 Dissertação sigarra:414397 https://hdl.handle.net/10216/128692 202615979 eng openAccess https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/ application/pdf |
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Introdução: O curso de Medicina é extremamente enriquecedor. No entanto, os desafios e exigências inerentes podem afetar a saúde mental dos estudantes. O stress leva a uma diminuição da qualidade de vida, do desempenho académico e, em última instância, da qualidade da prática clínica futura.
Objetivo: Caracterizar os níveis de stress presentes nos estudantes a frequentar o sexto ano nas Faculdades de Medicina em Portugal.
Métodos: Neste estudo transversal foram envolvidos os estudantes do sexto ano de todas as Faculdades de Medicina Portuguesas. Foi aplicado um questionário online, que incluiu uma escala para avaliar os níveis de stress (Perceived Stress Scale, PSS) e uma avaliação de variáveis sociodemográficas. Através de regressão logística, foi estimado o peso de cada determinante estudado nos níveis de stress.
Resultados: Um total de 501 respostas foram incluídas para análise (69.5% feminino), tendo os respondedores uma idade média de 24 anos. Foram encontrados níveis significativos de stress em 49.9% (95%CI: 45.5-54.3%), com 20.8% do total de estudantes a apresentar níveis extremamente elevados, independentemente da idade, género e faculdade. Os estudantes apresentam mais stress quando possuem maus hábitos de sono, alimentação e gestão do tempo, insatisfação com a vida académica ou social, e menor apoio familiar. Para além disso, estes têm também maiores preocupações com o seu futuro e apresentam uma pior perceção relativamente à sua Prova Nacional de Acesso.
Conclusão: O stress é relativamente comum nos estudantes de Medicina, estando bastante associado a determinantes sociais e não unicamente à complexidade intrínseca do curso. Conclui-se que é fundamental instituir medidas de coping e apoio aos estudantes, de forma a contribuir para a sua saúde atual e futura. === Introduction: The medical course is extremely stimulating but also demanding, and it can interfere with students' mental health. Stress leads to lower life quality, academic performance and ultimately to a lower quality of patient care delivered.
Objective: To characterize stress levels of sixth-year medical students who attend Portuguese colleges.
Methodology: This observational cross-sectional study involved Portuguese medical students attending the sixth year of all Portuguese faculties. We applied an online self-response questionnaire, including the 10 items Perceived Stress Scale (PSS) to assess stress levels, and sociodemographic variables. Logistic regression was used to estimate the weight of the studied determinants on stress levels.
Results: A total of 501 participants were included for analysis (69.5% females), with a median age of 24 years old. We found significant levels of stress in 49.9% (95%CI: 45.5-54.3%), with 20.8% of total students presenting extremely high levels, irrespective of age, gender and faculty. Stress was higher when students presented bad sleeping and eating habits, lack of ability to manage time, unsatisfaction with social life and academic experience, and low family support. Also, these students are more worried about their future and present a higher degree of concern about their graduation test performance.
Conclusion: Stress is very common in medical students, concerning social determinants as well as the intrinsic complexity of the course. Coping strategies are crucial to make students deal with stress and be healthier, currently and in the future. |
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