Summary: | Brazil has 58 species of chigger mites parasitizing different animal groups. Of these, only 6 species were reported for birds, being 1 of Apolonia, 2 of Eutrombicula, 1 of Neoschoengastia and 2 of Parasecia. The larvae of chiggers cause deep lesions and cutaneous reactions in the host, and are often cited as vectors of pathogens. In the United States, public health departments have come across the need for cataloging and knowledge of the biology of these mites as potential vectors of Rickettsia spp. In Brazil, the first cases of Brazilian Macular Fever (BMF) diagnosed in São Paulo were associated with these mites because they were found in outbreaks of the disease. However, its role in the epidemiology of rickettsial disease has not been confirmed. Another concern is dermatitis caused by the bite of these mites, popularly known as trombiculiasis. As it is well known, thrombiculid mites are not specific and several cases of bites in humans have been reported. Thus, the purpose of the present study is to know the current situation of chigger mites parasitizing birds, to clarify aspects of its taxonomic complexity, as well as to provide information about its participation in the epidemiology of Rickettsia in some localities in the southeastern region of the country. From the material examined in the present study were identified 8 species: Blankaartia shatrovi n. sp., Blankaartia sinnamaryi, Microtrombicula n. sp., Eutrombicula tinami, Eutrombicula goeldii, Parasecia n. sp.1, Parasecia n. sp.2, Parasecia n. sp.3. The mites were kept in absolute alcohol, were submitted to DNA extraction and investigation of the presence of Rickettsia. One of the samples showed 100% for Rickettsia felis. Therefore, for Brazil now, we have 13 species described for the entire national territory, with the exception of the Midwest region, and, in addition, the first record of the presence of Rickettsia in chigger mites on South America. === O Brasil possui 58 espécies de ácaros trombiculídeos parasitando diferentes grupos animais. E destas, somente 6 espécies foram reportadas para aves, sendo 1 de Apolonia, 2 de Eutrombicula, 1 de Neoschoengastia e 2 de Parasecia. As larvas de trombiculídeos provocam lesões profundas e reações cutâneas no hospedeiro, sendo por muitas vezes citados como vetores de agentes patogênicos. Nos Estados Unidos, os departamentos de saúde pública se depararam com a necessidade de catalogação e conhecimento da biologia desses ácaros por serem considerados potenciais vetores de Rickettsia spp. No Brasil, os primeiros casos de Febre Maculosa Brasileira (FMB) diagnosticados em São Paulo, foram associados a esses ácaros porque terem sido encontrados em focos da doença. No entanto, o seu papel na epidemiologia da riquetsiose não foi confirmado. Outra preocupação é a dermatite causada pela mordida desses ácaros, popularmente conhecida como trombiculíase. Como é bem conhecido, trombiculídeos não são específicos e vários casos de mordidas em humanos já foram relatados. Dessa forma, a proposta do presente estudo é conhecer a situação atual dos trombiculídeos de aves, esclarecer os aspectos de sua complexidade taxonômica, bem como fornecer informações sobre sua participação na epidemiologia de riquétsias em algumas localidades da região sudeste do país. Do material examinado no presente estudo foram identificadas 8 espécies: Blankaartia shatrovi sp. n., Blankaartia sinnamaryi, Microtrombicula sp. n., Eutrombicula tinami, Eutrombicula goeldii, Parasecia sp. n.1, Parasecia sp. n.2, Parasecia sp. n.3. Os ácaros mantidos em álcool absoluto foram submetidos à extração de DNA e investigação da presença de Rickettsia. Uma das amostras aprentou 100% para Rickettsia felis. Portanto, para o Brazil agora, temos 13 espécies descritas para todo o território nacional, com excessão da região Centro-Oeste, e, além disso, o primeiro registro da presença de Rickettsia em ácaros trombiculídeos da América do Sul.
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