Fisiologia do amadurecimento, senescência e comportamento respiratório de goiabas \'Kumagai\' e \'Pedro Sato\'

O amadurecimento e a senescência tem sido diretamente relacionados ao climatério do CO2 e do etileno. No entanto, estudos recentes têm demonstrado que algumas transformações pós-colheita ocorrem independentemente desses eventos e que muitos frutos não se enquadram nas definições clássicas de padrão...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Cavalini, Flavia Cristina
Other Authors: Jacomino, Angelo Pedro
Format: Others
Language:pt
Published: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP 2009
Subjects:
Online Access:http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11144/tde-10032009-093840/
id ndltd-usp.br-oai-teses.usp.br-tde-10032009-093840
record_format oai_dc
collection NDLTD
language pt
format Others
sources NDLTD
topic Fisiologia vegetal
Goiabas
Guavas
Maturação vegetal
Mature Plant
Plant Regulators
Plant Respiration
Plant Physiolgoy
Reguladores vegetais
Respiração vegetal.
spellingShingle Fisiologia vegetal
Goiabas
Guavas
Maturação vegetal
Mature Plant
Plant Regulators
Plant Respiration
Plant Physiolgoy
Reguladores vegetais
Respiração vegetal.
Cavalini, Flavia Cristina
Fisiologia do amadurecimento, senescência e comportamento respiratório de goiabas \'Kumagai\' e \'Pedro Sato\'
description O amadurecimento e a senescência tem sido diretamente relacionados ao climatério do CO2 e do etileno. No entanto, estudos recentes têm demonstrado que algumas transformações pós-colheita ocorrem independentemente desses eventos e que muitos frutos não se enquadram nas definições clássicas de padrão de atividade respiratória, indicando a necessidade de maiores estudos a respeito da fisiologia do amadurecimento e senescência de frutos. O comportamento respiratório de goiabas é contraditório, servindo como modelo para estes estudos. O uso de reguladores do amadurecimento pode auxiliar na definição do comportamento respiratório de goiabas Kumagai e Pedro Sato. Tendo-se em vista o estabelecido, conduziu-se a etapa 1, com o intuito de determinar índices que indiquem o início da senescência. A etapa 2 visou determinar o comportamento respiratório de goiabas das variedades Kumagai e Pedro Sato submetidas à aplicação de acelerador (etileno) e retardadores (1-MCP e AVG) do amadurecimento. Na etapa 1, as goiabas recém colhidas foram tratadas com fungicida e mantidas em câmara a 23 ± 1oC e 85% UR até a completa senescência. Na etapa 2, os frutos foram submetidos à aplicação de AVG, 1- MCP e etileno e então armazenados em câmara a 23 ± 1oC e 85% UR até a completa senescência. Frutos sem reguladores vegetais foram utilizados como controle. Os frutos foram avaliados a cada dois dias em ambas as etapas. O delineamento estatístico utilizado foi o inteiramente casualizado e os resultados foram submetidos à análise de dados longitudinais, devido ao caráter quantitativo imposto pelo fator tempo de armazenamento. As curvas também foram submetidas à análise do erro padrão da média. As diferenças entre dois tratamentos maiores que as somas de dois erros padrões foram consideradas significativas. Os teores de acetaldeído, etanol e o extravasamento de eletrólitos foram os índices que mais contribuíram para distinguir o amadurecimento da senescência. O aumento brusco apresentado nos teores de acetaldeído e etanol indica início do metabolismo fermentativo, comportamento característico de senescência, além do aumento no extravasamento de eletrólitos, sugerir descompartimentação celular. Os frutos da variedade Pedro Sato não podem ser classificados como climatéricos, nem tão pouco como não climatéricos, pois apesar de amadurecerem, apresentaram pico de produção de etileno após o amadurecimento dos mesmos, além de não responderem à aplicação de etileno exógeno. Apesar das goiabas Kumagai responderem à aplicação de etileno, não se observou comportamento climatério na produção de CO2 e de C2H4, desta forma, esta variedade não pode ser enquadrada nas classificações de padrão de atividade respiratória em uso. === Ripening and senescence have been directly related to CO2 and ethylene climacteric behavior. However, recent studies have shown that some postharvest processes occurs independently of those events and that many fruits are not frame in the definitions of respiratory activity traditional pattern, indicating the need for more studies on fruit ripening and senescence physiology. Guavas fruit respiratory behavior is contradictory and serves as a model for these studies. The use of ripening regulators can help in defining the respiratory behavior of Kumagai and Pedro Sato guavas. Consequently, the step 1 has been conducted, with the intention of determining indicators that indicate the beginning of the senescence. The step 2 aimed to determine the respiratory behavior of guava fruits of Kumagai and Pedro Sato cultivars subjected to the application of accelerator (ethylene) and retardants (1-MCP and AVG) of the ripening. In step 1, the newly harvested guavas were treated with fungicide and kept at 23 ± 1oC and 85% RH to complete senescence. In step 2, the fruits were submitted to AVG, 1-MCP and ethylene application and then stored at 23 ± 1oC and 85% RH to complete senescence. Fruit without ripening regulators were used as controls. The fruits were evaluated every two days in both steps. The experimental design was completely randomized and the results were submitted to longitudinal data analysis, due to the quantity of samples imposed by the storage time factor. The curves have been subjected to average standard error analysis. Differences between two treatments larger than the sum of two errors patterns were considered significant. The levels of acetaldehyde, ethanol and ion leakage were indices that contributed most to distinguish ripening from senescence. The increase made in levels of acetaldehyde and ethanol suggests fermentative metabolism, characteristic senescence behavior, beyond the increase in ion leakage, suggests cell decompartmentalization. The fruits of Pedro Sato cultivar can not be classified as climacteric, nor as non-climacteric, because despite they ripen, they show an ethylene production peak after their ripening, and besides do not respond to exogenous ethylene. Even though Kumagai guava fruits reply to ethylene application, there was no climacteric behavior observed during CO2 and C2H4 production thus this variety can not be framed in the respiratory climacteric pattern rankings in use.
author2 Jacomino, Angelo Pedro
author_facet Jacomino, Angelo Pedro
Cavalini, Flavia Cristina
author Cavalini, Flavia Cristina
author_sort Cavalini, Flavia Cristina
title Fisiologia do amadurecimento, senescência e comportamento respiratório de goiabas \'Kumagai\' e \'Pedro Sato\'
title_short Fisiologia do amadurecimento, senescência e comportamento respiratório de goiabas \'Kumagai\' e \'Pedro Sato\'
title_full Fisiologia do amadurecimento, senescência e comportamento respiratório de goiabas \'Kumagai\' e \'Pedro Sato\'
title_fullStr Fisiologia do amadurecimento, senescência e comportamento respiratório de goiabas \'Kumagai\' e \'Pedro Sato\'
title_full_unstemmed Fisiologia do amadurecimento, senescência e comportamento respiratório de goiabas \'Kumagai\' e \'Pedro Sato\'
title_sort fisiologia do amadurecimento, senescência e comportamento respiratório de goiabas \'kumagai\' e \'pedro sato\'
publisher Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
publishDate 2009
url http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11144/tde-10032009-093840/
work_keys_str_mv AT cavaliniflaviacristina fisiologiadoamadurecimentosenescenciaecomportamentorespiratoriodegoiabaskumagaiepedrosato
AT cavaliniflaviacristina physiologyofripeningsenescenceandrespiratorybehaviorofkumagaiandpedrosatoguava
_version_ 1719057503002558464
spelling ndltd-usp.br-oai-teses.usp.br-tde-10032009-0938402019-05-09T18:52:12Z Fisiologia do amadurecimento, senescência e comportamento respiratório de goiabas \'Kumagai\' e \'Pedro Sato\' Physiology of ripening, senescence and respiratory behavior of Kumagai and Pedro Sato guava Cavalini, Flavia Cristina Fisiologia vegetal Goiabas Guavas Maturação vegetal Mature Plant Plant Regulators Plant Respiration Plant Physiolgoy Reguladores vegetais Respiração vegetal. O amadurecimento e a senescência tem sido diretamente relacionados ao climatério do CO2 e do etileno. No entanto, estudos recentes têm demonstrado que algumas transformações pós-colheita ocorrem independentemente desses eventos e que muitos frutos não se enquadram nas definições clássicas de padrão de atividade respiratória, indicando a necessidade de maiores estudos a respeito da fisiologia do amadurecimento e senescência de frutos. O comportamento respiratório de goiabas é contraditório, servindo como modelo para estes estudos. O uso de reguladores do amadurecimento pode auxiliar na definição do comportamento respiratório de goiabas Kumagai e Pedro Sato. Tendo-se em vista o estabelecido, conduziu-se a etapa 1, com o intuito de determinar índices que indiquem o início da senescência. A etapa 2 visou determinar o comportamento respiratório de goiabas das variedades Kumagai e Pedro Sato submetidas à aplicação de acelerador (etileno) e retardadores (1-MCP e AVG) do amadurecimento. Na etapa 1, as goiabas recém colhidas foram tratadas com fungicida e mantidas em câmara a 23 ± 1oC e 85% UR até a completa senescência. Na etapa 2, os frutos foram submetidos à aplicação de AVG, 1- MCP e etileno e então armazenados em câmara a 23 ± 1oC e 85% UR até a completa senescência. Frutos sem reguladores vegetais foram utilizados como controle. Os frutos foram avaliados a cada dois dias em ambas as etapas. O delineamento estatístico utilizado foi o inteiramente casualizado e os resultados foram submetidos à análise de dados longitudinais, devido ao caráter quantitativo imposto pelo fator tempo de armazenamento. As curvas também foram submetidas à análise do erro padrão da média. As diferenças entre dois tratamentos maiores que as somas de dois erros padrões foram consideradas significativas. Os teores de acetaldeído, etanol e o extravasamento de eletrólitos foram os índices que mais contribuíram para distinguir o amadurecimento da senescência. O aumento brusco apresentado nos teores de acetaldeído e etanol indica início do metabolismo fermentativo, comportamento característico de senescência, além do aumento no extravasamento de eletrólitos, sugerir descompartimentação celular. Os frutos da variedade Pedro Sato não podem ser classificados como climatéricos, nem tão pouco como não climatéricos, pois apesar de amadurecerem, apresentaram pico de produção de etileno após o amadurecimento dos mesmos, além de não responderem à aplicação de etileno exógeno. Apesar das goiabas Kumagai responderem à aplicação de etileno, não se observou comportamento climatério na produção de CO2 e de C2H4, desta forma, esta variedade não pode ser enquadrada nas classificações de padrão de atividade respiratória em uso. Ripening and senescence have been directly related to CO2 and ethylene climacteric behavior. However, recent studies have shown that some postharvest processes occurs independently of those events and that many fruits are not frame in the definitions of respiratory activity traditional pattern, indicating the need for more studies on fruit ripening and senescence physiology. Guavas fruit respiratory behavior is contradictory and serves as a model for these studies. The use of ripening regulators can help in defining the respiratory behavior of Kumagai and Pedro Sato guavas. Consequently, the step 1 has been conducted, with the intention of determining indicators that indicate the beginning of the senescence. The step 2 aimed to determine the respiratory behavior of guava fruits of Kumagai and Pedro Sato cultivars subjected to the application of accelerator (ethylene) and retardants (1-MCP and AVG) of the ripening. In step 1, the newly harvested guavas were treated with fungicide and kept at 23 ± 1oC and 85% RH to complete senescence. In step 2, the fruits were submitted to AVG, 1-MCP and ethylene application and then stored at 23 ± 1oC and 85% RH to complete senescence. Fruit without ripening regulators were used as controls. The fruits were evaluated every two days in both steps. The experimental design was completely randomized and the results were submitted to longitudinal data analysis, due to the quantity of samples imposed by the storage time factor. The curves have been subjected to average standard error analysis. Differences between two treatments larger than the sum of two errors patterns were considered significant. The levels of acetaldehyde, ethanol and ion leakage were indices that contributed most to distinguish ripening from senescence. The increase made in levels of acetaldehyde and ethanol suggests fermentative metabolism, characteristic senescence behavior, beyond the increase in ion leakage, suggests cell decompartmentalization. The fruits of Pedro Sato cultivar can not be classified as climacteric, nor as non-climacteric, because despite they ripen, they show an ethylene production peak after their ripening, and besides do not respond to exogenous ethylene. Even though Kumagai guava fruits reply to ethylene application, there was no climacteric behavior observed during CO2 and C2H4 production thus this variety can not be framed in the respiratory climacteric pattern rankings in use. Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP Jacomino, Angelo Pedro 2009-02-06 Tese de Doutorado application/pdf http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11144/tde-10032009-093840/ pt Liberar o conteúdo para acesso público.