Avaliação da síndrome metabólica em pacientes com arterite de Takayasu

Introdução: A prevalência de Síndrome Metabólica (SM) tende a ser alta em pacientes com doenças reumáticas, sendo as doenças cardiovasculares a principal causa de óbito nestas condições. Objetivos: Determinar a prevalência de SM em pacientes com Arterite de Takayasu (AT) e sua associação com fatores...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Silva, Thiago Ferreira da
Other Authors: Pereira, Rosa Maria Rodrigues
Format: Others
Language:pt
Published: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP 2013
Subjects:
Online Access:http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5166/tde-10122013-105453/
Description
Summary:Introdução: A prevalência de Síndrome Metabólica (SM) tende a ser alta em pacientes com doenças reumáticas, sendo as doenças cardiovasculares a principal causa de óbito nestas condições. Objetivos: Determinar a prevalência de SM em pacientes com Arterite de Takayasu (AT) e sua associação com fatores de risco, níveis de adipocinas e de citocinas. Métodos: Foi realizado um estudo transversal incluindo 45 mulheres com AT e 47 controles saudáveis pareados por idade e índice de massa corporal (IMC). Resultados: A prevalência de SM (critérios da IDF/AHA) foi maior em pacientes com AT comparada aos controles (33,34 vs. 8,51%, p = 0,003). Pacientes com TA apresentaram maior frequência de hipertensão (p < 0,001) e dislipidemia (p = 0,001) e maiores níveis de insulina (p = 0,021), HOMA-IR (p = 0,024), apolipoproteína E (p = 0,029), resistina (p = 0,018) e PCR (p < 0,001) comparada aos controles saudáveis, com níveis comparáveis de adiponectina e PAI-1 (p > 0,05). Análise adicional de pacientes com AT com e sem SM revelou um maior frequência de sobrepeso/obesidade (66,66 vs. 26,66%, p = 0,022), escore de Framingham >-1 (p=0,032) e menores níveis de adiponectina (20,37+-21,16 vs. 38,64+-22,62ug/ml, p=0,022) no primeiro grupo. Não foram encontradas diferenças quanto à duração de doença, atividade, uso de glicorticóides, níveis de resistina e PAI-1 nos dois grupos de pacientes com AT (p > 0,05). Pacientes com e sem SM não demonstraram diferenças em relação aos níveis plasmáticos de citocinas (IL-12, IL-1a, IL-6 e TNFalfa). Foi evidenciada correlação de Pearson positive entre IL-6 e PCR somente nos pacientes com SM (r=0.57; p=0.050). Conclusão: Alta prevalência de SM foi observada em pacientes com AT, sendo que esta comorbidade parece identificar um subgrupo de pacientes com sobrepeso/obesidade com alto risco cardiovascular sem associação com o status de doença. Estudos longitudinais são necessários para observar o impacto do controle de fatores de risco modificáveis na qualidade de vida e sobrevida dos pacientes com AT === Introduction: The prevalence of Metabolic Syndrome (MetS) tends to be high among rheumatic patients, and cardiovascular disease is the leading cause of death in these conditions. Objective: To determine the prevalence of MetS in Takayasu Arteritis patients (TA) and its association with risk factors and adipokines and cytokines levels. Methods: A cross sectional study was conducted in 45 consecutive TA women with 47 age- and body mass index (BMI)-matched healthy controls. Results: The prevalence of MetS (IDF/AHA criteria) was higher in TA compared to controls (33.34 vs. 8.51%, p=0.003). TA patients had higher frequency hypertension (p < 0.001), dyslipidemia (p=0.001), insulin (p=0.021), HOMA-IR (p=0.024), apoliprotein E (p=0.029), resistin (p=0.018) and CRP (p < 0.001) compared to healthy subjects, with similar levels of adiponectin and PAI-1 (p > 0.05). Further analysis of TA patients with and without MetS revealed a higher frequency of overweightness/obesity (66.66 vs. 26.66%, p=0.022), Framingham score >-1 (p=0.032), and lower adiponectin levels (20.37+-21.16 vs. 38.64±22.62ug/ml, p=0.022) in the former group. No differences were found regarding disease duration, activity, glucocorticoid use, resistin and PAI-1 levels in these two groups of TA patients (p > 0.05). Patients with and without MetS showed no differences respect to cytokines levels (IL-12, IL-1a, IL-6 and TNFalfa). IL-6 had a positive Pearson correlation with CRP only in TA patients with MetS (r=0.57; p=0.050). Conclusion: A high prevalence of MetS was observed in TA patients and this comorbidity seems to identify a subgroup of overweight/obese patients with high cardiovascular risk without a significant association with disease status. Further longitudinal studies are necessary to observe the impact of controlling this modifiable risk factor in the quality of life and survival of TA patients