Contribuições foucaultianas para se pensar o presente: os restos, o cuidado e o ensino

Vivemos em uma época em que perguntar sobre o que fazemos de nós mesmo parece soar estranho. Sobre esse lugar de ausência podemos pensar o que fazer, sobretudo, quando estamos diante do ensinar filosofia e nos deparamos com os impasses atuais sobre o que é válido pensar por alunos e por professores...

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Bibliographic Details
Main Authors: Rodrigo Pelloso Gelamo, Pedro Angelo Pagni
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Estácio de Sá 2019-05-01
Series:Revista Educação e Cultura Contemporânea
Online Access:http://periodicos.estacio.br/index.php/reeduc/article/view/6599
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spelling doaj-3fafc225ea7445fb86abad4c46058f462020-11-25T01:31:20ZporUniversidade Estácio de SáRevista Educação e Cultura Contemporânea1807-21942238-12792019-05-015910.5935/reeduc.v5i9.65992386Contribuições foucaultianas para se pensar o presente: os restos, o cuidado e o ensinoRodrigo Pelloso Gelamo0Pedro Angelo Pagni1UNESPUNESPVivemos em uma época em que perguntar sobre o que fazemos de nós mesmo parece soar estranho. Sobre esse lugar de ausência podemos pensar o que fazer, sobretudo, quando estamos diante do ensinar filosofia e nos deparamos com os impasses atuais sobre o que é válido pensar por alunos e por professores nessa atividade. Em geral, nas aulas de filosofia somente se considera válido pensar os problemas desenvolvidos tradicionalmente nesse campo disciplinar, sem que se interpele sobre o quanto a sua formalização concorreu para que fosse tratado de modo dissociado à vida. Este artigo discute o que faz com que um problema seja um problema válido, ou melhor, digno de ser tratado pela filosofia e de ser ensinado nas situações de ensino, pressupondo uma ampliação do que vem sendo considerado como tal e de sua associação com a vida. O seu objetivo é o de discutir de que modo é possível pensar aquilo que afeta mais diretamente nossa vida; pensar aquilo ao qual estamos ligados; pensar aquilo que está ligado à nossa própria experiência que, ao seqüestrar nosso pensamento, nos auxilia a pensar nossa própria existência. A hipótese que procura discutir é a de que, se os problemas podem surgir a partir dos acontecimentos produzidos pelos encontros, suscitados na vida e, também, na relação pedagógica, então, eles podem ser considerados como problemas filosóficos e propiciar um efetivo exercício do pensar em ato. Ao discutir essa hipótese, nos apoiamos no pensamento de Michel Foucault, especialmente nas noções de Ontologia do presente e Cuidado de si, para encontrar um lugar de resistência para pensar nosso presente e para propor outro modo de fazer e de ensinar a filosofar.http://periodicos.estacio.br/index.php/reeduc/article/view/6599
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