Summary: | Palavras têm permeado os processos de gestão macro, meso e micro da educação: metas, eficácia, eficiência, resultados, produto, excelência, performance, desempenho, qualidade. Elas ganham sentido e vida própria a partir da utilização que delas se faz e aos interesses aos quais se submetem. Estes termos vêm sendo ecoados, freqüentemente, nos processos que envolvem a avaliação da educação básica desde a década de 1990 e, cada vez mais, têm se tornado presentes em nosso cotidiano.
Entretanto, é importante destacar que representam processos não-exclusivos do contexto nacional. Os movimentos em torno da avaliação de sistemas e de alterações nas políticas curriculares estão em curso desde a década de 1980, a partir de reformas educacionais implementadas por países centrais nas decisões políticas e econômicas mundiais – EUA e Inglaterra - denotando claro interesse regulatório e, portanto, de controle com intenções explícitas de transformar a educação num grande mercado (AFONSO, 2000, 2010; BALL, 2005; SACRISTÁN, 1999) e que foram disseminadas pelo resto do globo (DÍAZ BARRÍGA, 2009; DIAS SOBRINHO, 2003).
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