Summary: | Resumo A praia de Caçandoca, em Ubatuba, possui uma comunidade de pesca artesanal que é também remanescente de um quilombo. Desde a abertura de estradas acessando praias da região do litoral norte paulista, a partir dos anos de 1970, a comunidade sofreu inúmeras pressões da especulação imobiliária para seu despejo e mudança, pela beleza do local e seu possível aproveitamento turístico. Mas ela conseguiu o reconhecimento da propriedade territorial como terra de quilombo, e hoje busca manter sua identidade e sua cultura material. Uma parte importante dessa cultura é sua culinária de pescados, levantada pelo A. em entrevistas abertas com antigos moradores da Caçandoca. E hoje, projetos comunitários e de governo oferecem possibilidades alternativas de aproveitamento dessa cozinha tradicional em uma atividade de turismo sustentável. Palavras-chave: turismo sustentável; pesca artesanal; quilombo; culinária caiçara; Ubatuba-SP. Abstract The beach named Caçandoca, in Ubatuba, has an artisan fishing's community who is also remainder of a "quilombo". Since the opening of roads allowed access to the north coastland of São Paulo, on the seventies, the community have suffered a lot of pressures from the immovable speculation for her evacuation or removing, because of the natural beauty of the place and its possible touristic utilization. But she obtained the recognition of the territory's property, as a "quilombo's" land, and nowadays she searchs to conserve her identity and her material culture. An important part of this culture is her fishing cookery, approached by the A. in opening interviews with old dwellers of Caçandoca. And, at the present time, community's and governmental's projects offer alternative possibilitys to make good use of this traditional cookery in a sustainable tourism acivity. Keywords: sustainable touris; artisan fishing; quilombo ; culinária caiçara ; Ubatuba-SP. Resumen La playa de Caçandoca, em Ubatuba, tiene uma comunidad de pesca artesanal que es también remanesciente de um “quilombo”. Después de la apertura de rodovias permitiendo acceso al litoral norte de São Paulo, em los años setenta, la comunidade sufrió muchas pressiones de la especulación inmobiliaria para su desahucio o transferência, por causa de la belleza del lugar y sus possibilidades de uso turístico. Mas ella obtuvo el reconocimiento de su propriedade territorial, como “tierra de quilombo”, y hoy busca mantener su identidade y su cultura material. Una parte importante de esa cultura es su culinaria de peces, investigada por el A. en entrevistas abiertas com antiguos moradores de Caçandoca. Y hoy, proyectos comunitários y de gobierno ofrecen alternativas de aprovechamiento de esa cocina tradicional en uma actividad de turismo sustentable. Palabras-clave: turismo sustentable; pesca artesanal; quilombo ; culinária caiçara; ; Ubatuba-SP.
|