Utilização do dióxido de cloro e do ácido peracético como substitutos do hipoclorito de sódio na sanitização do cheiro-verde minimamente processado Using chlorine dioxide and peracetic acid as substitutes for sodium hypocloride in the sanitization of minimally processed green seasoning

Hortaliças minimamente processadas são produtos prontos para o consumo e devem estar livres de patógenos. A lavagem desses vegetais deve ser feita com água de boa qualidade e complementada com adição de solução sanitizante, visando reduzir a carga microbiológica acompanhante e minimizando a sua dete...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Silvana Mariana Srebernich
Format: Article
Language:English
Published: Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia de Alimentos 2007-12-01
Series:Food Science and Technology
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-20612007000400012
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Food Science and Technology
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publisher Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia de Alimentos
series Food Science and Technology
issn 0101-2061
1678-457X
publishDate 2007-12-01
description Hortaliças minimamente processadas são produtos prontos para o consumo e devem estar livres de patógenos. A lavagem desses vegetais deve ser feita com água de boa qualidade e complementada com adição de solução sanitizante, visando reduzir a carga microbiológica acompanhante e minimizando a sua deterioração, ou seja, aumentando a conservação do produto e tornando-o microbiologicamente mais seguro. O hipoclorito de sódio é o único sanitizante permitido pela legislação brasileira para esse fim. Embora eficiente, seu uso tem sido questionado por ser precursor na formação de cloraminas orgânicas, compostos de alto potencial carcinogênico. Diversos sanitizantes têm sido propostos como substitutos do hipoclorito de sódio na desinfecção de hortaliças, destacando entre eles o dióxido de cloro e o ácido peracético. Assim, o presente trabalho teve por objetivo verificar, através de análises microbiológicas, a eficiência do dióxido de cloro (10, 25 e 50 ppm/2, 5 e 10 minutos) e do ácido peracético (60, 80 e 100 ppm/5, 10 e 15 minutos) em comparação ao hipoclorito de sódio (120 ppm/15 minutos) no controle da microbiota acompanhante do cheiro-verde minimamente processado. As matérias-primas, salsa e cebolinha, in natura, foram submetidas à ação das soluções sanitizantes conforme tempos e concentrações pré-estabelecidos, e em seguida processadas obtendo-se as amostras de cheiro-verde. No caso da amostra-controle (testemunha), as operações de lavagem foram feitas apenas com água da rede. Os tratamentos foram repetidos em 3 épocas com intervalos de 4 meses. De cada tratamento foram coletadas 3 amostras (embalagens de 150 g) para posterior análise microbiológica de Salmonella sp., coliformes totais, Escherichia coli e contagem total de fungos. Os resultados das análises microbiológicas junto com a avaliação estatística mostraram que maiores concentrações e maiores tempos de ação dos sanitizantes propiciaram melhores resultados no controle microbiano. Entretanto, de acordo com os padrões existentes na legislação em vigor para Salmonella (ausência em 25 g de amostra) e para E. coli (< 2 logUFC.g -1), todas as amostras analisadas neste trabalho estariam adequadas para consumo, exceto a lavada só com água. Os resultados também mostraram que o ácido peracético foi mais eficiente, e que, por outro lado, o dióxido de cloro não apresentou nenhuma vantagem sobre o hipoclorito de sódio. Mesmo assim, ambos os sanitizantes (dióxido de cloro 50 ppm/10 minutos e ácido peracético 80 ppm/5 minutos) estariam aptos a substituir o hipoclorito de sódio (120 ppm/15 minutos).<br>Minimally processed vegetables are ready to eat products that should be free of pathogenic microorganisms. These vegetables must be washed in good quality water, followed by the addition of a sanitizer to reduce the microbial count and minimize the product's deterioration, increasing its preservation and making it microbiologically safer. Sodium hypochlorite is the only sanitizer for this purpose allowed by Brazilian legislation. Although efficient, its use has been questioned because it is a precursor of organic chloramines, compounds of high carcinogenic potential. Many sanitizers have been proposed as substitutes of sodium hypochlorite in the disinfection of vegetables, including chlorine dioxide and peracetic acid. Therefore, based on microbial analyses, this research aimed to test the efficiency of chlorine dioxide (10, 25 and 50 ppm /2, 5 and 10 minutes) and peracetic acid (60, 80 and 100 ppm/5, 10 and 15 minutes) in comparison with sodium hypochlorite (120 ppm/15 minutes) in the control of natural microbiota of minimally processed green seasoning. The green seasoning, which consists of fresh parsley and welsh onions, was washed in various concentrations of sanitizing solutions for given times and then processed to obtain sample of green seasoning. The control sample was washed only in tap water. The treatments were repeated on 3 distinct occasions at 4-month intervals, and 3 samples (packages of 150 g) were collected from each treatment for microbial analysis of pathogenic Salmonella sp., total coliforms, Escherichia coli and total fungal count. The results of these analyses after statistical evaluation indicated that higher concentrations and longer sanitizing treatments led to better microbial control. However, according to the standards in the current legislation on Salmonella sp. (absent from 25 g of sample) and E. coli (< 2 logUFC.g -1), all the samples analyzed here were suitable for consumption except for the control, washed only in water. In addition, peracetic acid proved more efficient than sodium hypochlorite, while chlorine dioxide did not show any advantage over sodium hypochlorite. Nevertheless, both sanitizers (chlorine dioxide 50 ppm/10 minutes and peracetic acid 80 ppm/5 minutes) proved suitable substitutes of sodium hypochlorite (120 ppm/15 minutes).
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O hipoclorito de sódio é o único sanitizante permitido pela legislação brasileira para esse fim. Embora eficiente, seu uso tem sido questionado por ser precursor na formação de cloraminas orgânicas, compostos de alto potencial carcinogênico. Diversos sanitizantes têm sido propostos como substitutos do hipoclorito de sódio na desinfecção de hortaliças, destacando entre eles o dióxido de cloro e o ácido peracético. Assim, o presente trabalho teve por objetivo verificar, através de análises microbiológicas, a eficiência do dióxido de cloro (10, 25 e 50 ppm/2, 5 e 10 minutos) e do ácido peracético (60, 80 e 100 ppm/5, 10 e 15 minutos) em comparação ao hipoclorito de sódio (120 ppm/15 minutos) no controle da microbiota acompanhante do cheiro-verde minimamente processado. As matérias-primas, salsa e cebolinha, in natura, foram submetidas à ação das soluções sanitizantes conforme tempos e concentrações pré-estabelecidos, e em seguida processadas obtendo-se as amostras de cheiro-verde. No caso da amostra-controle (testemunha), as operações de lavagem foram feitas apenas com água da rede. Os tratamentos foram repetidos em 3 épocas com intervalos de 4 meses. De cada tratamento foram coletadas 3 amostras (embalagens de 150 g) para posterior análise microbiológica de Salmonella sp., coliformes totais, Escherichia coli e contagem total de fungos. Os resultados das análises microbiológicas junto com a avaliação estatística mostraram que maiores concentrações e maiores tempos de ação dos sanitizantes propiciaram melhores resultados no controle microbiano. Entretanto, de acordo com os padrões existentes na legislação em vigor para Salmonella (ausência em 25 g de amostra) e para E. coli (< 2 logUFC.g -1), todas as amostras analisadas neste trabalho estariam adequadas para consumo, exceto a lavada só com água. Os resultados também mostraram que o ácido peracético foi mais eficiente, e que, por outro lado, o dióxido de cloro não apresentou nenhuma vantagem sobre o hipoclorito de sódio. Mesmo assim, ambos os sanitizantes (dióxido de cloro 50 ppm/10 minutos e ácido peracético 80 ppm/5 minutos) estariam aptos a substituir o hipoclorito de sódio (120 ppm/15 minutos).<br>Minimally processed vegetables are ready to eat products that should be free of pathogenic microorganisms. These vegetables must be washed in good quality water, followed by the addition of a sanitizer to reduce the microbial count and minimize the product's deterioration, increasing its preservation and making it microbiologically safer. Sodium hypochlorite is the only sanitizer for this purpose allowed by Brazilian legislation. Although efficient, its use has been questioned because it is a precursor of organic chloramines, compounds of high carcinogenic potential. Many sanitizers have been proposed as substitutes of sodium hypochlorite in the disinfection of vegetables, including chlorine dioxide and peracetic acid. Therefore, based on microbial analyses, this research aimed to test the efficiency of chlorine dioxide (10, 25 and 50 ppm /2, 5 and 10 minutes) and peracetic acid (60, 80 and 100 ppm/5, 10 and 15 minutes) in comparison with sodium hypochlorite (120 ppm/15 minutes) in the control of natural microbiota of minimally processed green seasoning. The green seasoning, which consists of fresh parsley and welsh onions, was washed in various concentrations of sanitizing solutions for given times and then processed to obtain sample of green seasoning. The control sample was washed only in tap water. The treatments were repeated on 3 distinct occasions at 4-month intervals, and 3 samples (packages of 150 g) were collected from each treatment for microbial analysis of pathogenic Salmonella sp., total coliforms, Escherichia coli and total fungal count. The results of these analyses after statistical evaluation indicated that higher concentrations and longer sanitizing treatments led to better microbial control. However, according to the standards in the current legislation on Salmonella sp. (absent from 25 g of sample) and E. coli (< 2 logUFC.g -1), all the samples analyzed here were suitable for consumption except for the control, washed only in water. In addition, peracetic acid proved more efficient than sodium hypochlorite, while chlorine dioxide did not show any advantage over sodium hypochlorite. Nevertheless, both sanitizers (chlorine dioxide 50 ppm/10 minutes and peracetic acid 80 ppm/5 minutes) proved suitable substitutes of sodium hypochlorite (120 ppm/15 minutes).http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-20612007000400012agentes sanitizantescontrole microbiológicoprocessamento mínimosanitizer agentsmicrobial controlminimal processing