Manta de Petrolina - PE: uma alternativa para agregar valor à carne ovina

Made available in DSpace on 2015-04-17T14:49:46Z (GMT). No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 1782828 bytes, checksum: 696c70ec90d13fdad0f2e84ca001161c (MD5) Previous issue date: 2010-12-20 === Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES === The manta ovina , a lamb mea...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Pedrosa, Nely de Almeida
Other Authors: Madruga, Marta Suely
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal da Paraí­ba 2015
Subjects:
Online Access:http://tede.biblioteca.ufpb.br:8080/handle/tede/4094
Description
Summary:Made available in DSpace on 2015-04-17T14:49:46Z (GMT). No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 1782828 bytes, checksum: 696c70ec90d13fdad0f2e84ca001161c (MD5) Previous issue date: 2010-12-20 === Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES === The manta ovina , a lamb meat product, is produced from the boning, salting and drying of lamb carcasses. It is a typical salted meat product from the region of Submédio do Vale does Rio São Francisco, with reference the city of Petrolina, Pernambuco Brazil. The manta ovina was evaluated in order to obtain information and establish identity patterns and product quality. In the present study was described the process, identified the potential hazards to product safety and evaluated the physicochemical (color, pH, Aw, PPC, FC, moisture, ash, proteins and lipids), microbiological (total and fecal coliforms, halophilic bacteria, Salmonella sp and Staphylococcus aureus) and sensory (appearance, aroma, flavor, texture and overall assessment) quality of manta ovina . The study was performed in three restaurants which are part of the gastronomic complex called Bodódromo , located in the city of Petrolina, in the state of Pernambuco, Brazil. The values of pH (6.22 ± 0.22), water activity (0.97 ± 0.02) moisture (69.86 ± 2.26) and protein (22.23 ± 1.96) classified the manta ovina as a perishable product, and consequently, requiring the use of other preservation methods, such refrigeration, combined with salt. The manta ovina presented 4.14 ± 2.23% fats, and about 60% of minerals (3.19 ± 0.57%) are in the form of chlorides (1.93 ± 0.64). This percentage reflects the use of salt, essential ingredient used during the processing of the product. Losses during the cooking varied significantly (P ≤ 0.05), between 14.8% and 22.4%. The measurement of texture, through instrumental (3.18 ± 0.12 Kgf) and sensory evaluation (7.44) showed that the manta ovina is a soft meat product. In sensory evaluation no significant differences (P ≥ 0.05) were detected among the samples served in the three restaurants. The mean scores were above seven points on a scale ranging from 1 to 9. It showed that the manta ovina is a meat product with appearance, flavor, tenderness and taste that pleased the consumer. Microbiological evaluation indicated the absence of Salmonella; on the other hand, Staphylococcus species showed a count of exceeding the limits prescribed by Brazilian law. This result reinforces the need for implementation and maintenance of hygienic practices to ensure a safety product. It was observed that the process used during the manta ovina preparation, involves the application of a traditional technology, salting, associated with an innovative technique of deboning, which is peculiar in region, resulting in a meat product with characteristic of great potential exploration. The results reveal a similarity in nutritional quality, physical, sensory and microbial mats, showed the similarity of production procedures used in the three restaurants. It reinforces the need to standardize the process and creation of technical regulation of identity and quality for this meat product derived. === A manta ovina, alimento proveniente da desossa, salga e secagem de carcaças de ovinos típico da região do Submédio do Vale do Rio São Francisco, tendo como referência a cidade de Petrolina PE - Brasil, foi avaliada com o objetivo de obter-se informações, que embasam o estabelecimento de padrões de identidade e qualidade deste produto. Na presente pesquisa foi descrito o processo, identificados os perigos potenciais para segurança do produto e avaliada a qualidade físico-química (cor, pH, Aa, PPC, FC, umidade, cinzas, proteínas e lipídeos), microbiológica (coliformes totais e termotolerantes, bactérias halófilas, Salmonella sp e Staphylococcus aureus) e sensorial (aparência, aroma, sabor, textura e avaliação global) de mantas ovinas provenientes de três estabelecimentos produtores em Petrolina - PE. Os valores médios de pH (6,22 ±0,22), atividade de água (0,97±0,02), umidade (69,86±2,26) e proteínas (22,23±1,96) da manta ovina a caracterizam como um produto perecível, sendo necessário o uso de outros métodos de conservação combinados com o sal, como a conservação pelo frio. A manta apresenta 4,14 ± 2,23% de lipídeos e, cerca de 60% dos minerais encontrados (3,19 ±0,57%), estão na forma de cloretos (1,93 ±0,64), estando este fato diretamente associado ao uso do sal, ingrediente indispensável para a elaboração do produto. As perdas por ocasião da cocção variaram significativamente (P≤0,05) entre 14,79 % e 22,39 %. Tanto a avaliação instrumental (3,18±0,12 kgf) quanto a avaliação sensorial (7,44) da textura revelaram que a manta é um produto macio que agrada o consumidor. Na avaliação sensorial não houve diferença significativa (P≥0,05) entre as amostras servidas nos três restaurantes para os atributos sensoriais, cuja pontuação obteve escores médios acima de sete, em escala que variou de 1 a 9, mostrando que a manta é um produto cárneo com aparência, aroma, maciez e sabor que agradam o consumidor. A avaliação microbiológica indicou ausência de Salmonella sp, porém apresentou contagem de Staphylococcus que ultrapassam os limites preconizados pela legislação brasileira, o que reforça a necessidade de aplicação e manutenção de práticas higiênicas que garantam a segurança do produto. Observou-se que o processo envolve a aplicação de uma tecnologia tradicional na região Nordeste, que se utiliza da salga, método milenar de conservação, porém com uma técnica inovadora de desossa peculiar da região, obtendo-se um produto cárneo característico de grande potencial de exploração. Os resultados encontrados revelam a semelhança na qualidade nutricional, física, sensorial e microbiológica das mantas, demonstrando a similaridade dos métodos de produção adotados nos três estabelecimentos estudados, o que fortalece a necessidade de padronização do processo e criação de um regulamento técnico de identidade e qualidade para este produto cárneo derivado.